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Após prisão, goianas preparam ação contra Justiça alemã e empresa aérea

Segundo a defesa das goianas, ação será para reparação de danos morais, materiais, lucros cessantes e grave lesão ao direito à saúde

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1 de 1 malas trocadas-PF-drogas-Guarulhos-SP-goianas - Foto: Reprodução/PF

Goiânia – Após uma prisão injusta que durou quase 40 dias, as goianas Jeanne Paollini e Kátyna Baía preparam um processo judicial contra a Justiça alema e a companhia aérea. As duas foram presas no aeroporto de Frankfurt, durante uma escala, depois de terem as malas trocadas por bagagens com drogas, ainda no Brasil.

A informação foi confirmada pela advogada que acompanha o caso, Luna Provázio. Ao Metrópoles a jurista informou que o processo pedirá indenização por danos morais, materiais e lucros cessantes, bem como grave lesão ao direito à saúde de uma delas.

“Vamos entrar com ação de reparação de danos morais, materiais e lucros cessantes contra a companhia aérea e contra a Justiça alemã, em razão da prisão indevida. Também vamos levar o caso ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos, pois houve uma grave lesão ao direito à saúde da Kátyna Baía”, declarou a advogada.

Em relação ao direito à saúde, de acordo com Luna, a Justiça alemã cometeu um grave lesão, já que não concedeu acesso aos medicamentos controlados usados por Kátyna. “Eles não concederam acesso correto aos medicamentos que ela faz uso. Ela tem problemas de saúde sérios, já passou por cirurgia de aneurisma, por exemplo, e precisa tomar remédios de uso contínuo. A Kátyna havia levado os medicamentos na bagagem de mão, e eles não quiseram dar os medicamentos para ela”, afirmou.

Apesar de confirmar o processo, a advogada não falou o valor a ser pedido.

Soltas

Kátyna e Jeanne acabaram presas em 5 de março e soltas mais de um mês depois, em 11 de abril. Segundo elas, a situação foi o “maior pesadelo” já vivido por elas. As duas chegaram a ficar cinco horas algemadas pelas mãos e pelos pés ao serem detidas no país europeu. Como ficou esclarecido após investigação da Polícia Federal, elas foram acusadas de tráfico internacional de drogas porque bandidos trocaram a etiqueta da mala que elas despacharam no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, durante viagem internacional.

De acordo com a advogada das goianas, elas vinham relatando dificuldades na penitenciária feminina onde estavam detidas, em Frankfurt, no país europeu. Luna Provásio disse que Jeanne Paollini e Kátyna Baía falavam em angústia e saudade da família.

Conforme a advogada, as duas relatavam solidão, já que estavam em celas minúsculas e separadas e, ainda, muito frio, pois a penitenciária não fornece roupas adequadas, e elas tiveram todos os bens pessoais apreendidos.

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