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Após politização, governo inclui vacina chinesa em plano de imunização

Bolsonaro e Doria trocaram acusações sobre o produto chinês contra a Covid-19. Agora, União pretende distribuir as doses

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Governo lança Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19
1 de 1 Governo lança Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Durante semanas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), trocaram acusações sobre a vacinação contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

O desentendimento estava centralizado na produção e na autorização da vacina Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

Agora, o Ministério da Saúde incluiu a Coronavac no plano nacional de vacinação, mas não garantiu que o governo tenha um termo de compra ou mesmo que tenha iniciado as negociações.

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A Coronavac foi incluída em uma lista chamada de “adesão do Brasil às vacinas”. Este imunizante deve ser conservado em temperaturas entre 2ºC e 8ºC, administrado por via intramuscular, em seringas individuais de 0,5 ml (Sinovac). O planejamento do Instituto Butantan prevê apresentação em frascos com dez doses.

“A vacina candidata Coronavac foi bem tolerada e segura nas doses estudadas, com a maioria dos eventos adversos sendo leves, caracterizados principalmente por dor no local da aplicação”, frisa o plano, sobre a segurança da imunização.

Durante seu discurso, Pazuello fez questão de ressaltar que todas as vacinas com produção em território brasileiro terão a prioridade no Sistema Único de Saúde (SUS). E fez alusão à Coronavac, ao incluir o Butantan na declaração.

“Todas as vacinas produzidas no Brasil, ou pelo Butantan, pela Fiocruz, ou qualquer indústria, terão prioridade do SUS e isso está pacificado”, disse, no intuito de pontuar que a pressão não era necessária neste momento. “Para que essa ansiedade, essa angústia?”, perguntou, sobre o início da vacinação.

Quatro grupos

De acordo com o plano divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (16/12), a imunização será feita em quatro grupos prioritários que somam 50 milhões de pessoas. Para tanto, serão necessárias 108,3 milhões de doses de vacina, já incluindo 5% de perdas.

A prioridade será para trabalhadores da saúde, idosos, pessoas com doenças crônicas (hipertensão de difícil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, entre outras), professores, forças de segurança e salvamento, e funcionários do sistema prisional.

“Vivemos um momento histórico, marcado pelo lançamento do plano de operacionalização da vacinação. Ele será um plano guarda-chuva”, afirmou o ministro Pazuello, ao destacar que as regras serão escalonadas para estados e municípios.

Pazuello ainda ressaltou que a vacinação será “igualitária e proporcional”. “Não haverá nenhuma diferenciação. Todas as vacinas produzidas no Brasil terão a prioridade SUS [Sistema Único de Saúde]. Todos os brasileiros receberão a vacina grátis”, salientou.

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