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Após PF indiciar padre, Bolsonaro compara Brasil a Nicarágua de Ortega

Segundo Bolsonaro, Brasil está cada vez mais próximo de Nicarágua após PF indiciar um padre acusado de tentativa de golpe de Estado

atualizado

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golpe de Estado
1 de 1 golpe de Estado - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a comentar sobre o indiciamento dele e outras 36 pessoas por golpe de Estado, e afirmou que o Brasil “está cada vez mais próximo da Nicarágua” após a Polícia Federal (PF) indiciar um padre e citar outros religiosos no relatório final. A declaração do ex-presidente, que faz parte do grupo de acusados, aconteceu nesta quarta-feira (27/11).

“Estamos cada vez mais próximos da Nicarágua de Ortega. Segundo o Metrópoles, três padres foram citados no fantasioso relatório final da PF divulgado ontem. O inquérito também cita um frei e outras figuras religiosas por causa de orações, atendimentos espirituais e conversas aparentemente sem nenhum problema que foram transformadas em evidências de uma “trama golpista””, escreveu Bolsonaro em uma publicação no X.

Segundo a PF, o padre José Eduardo de Oliveira e Silva faz parte da organização criminosa de 37 pessoas acusadas de tramarem um golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que venceu Bolsonaro nas urnas em 2022.

De acordo com as investigações, o pároco integrava o “núcleo jurídico” da organização, e chegou a participar de uma reunião no Palácio do Planalto para tratar do plano golpista. Todos os envolvidos na trama negam as acusações da PF.

Além de José Eduardo de Oliveira e Silva, outros dois padres foram citados no relatório final do caso, mas não foram indiciados.

“Não se esqueçam que na Nicarágua, Ortega também justifica a perseguição de religiosos e opositores acusando-os de tramarem golpes. Coincidência? Que Deus tenha misericórdia do Brasil”, disse o ex-presidente.

Entre as acusações de violações aos direitos humanos que pairam sobre o governo de Daniel Ortega, que comanda a Nicarágua desde 2007, está a perseguição contra lideranças da Igreja Católica.

Desde 2018 há relatos de perseguição, prisões arbitrárias e expulsões de sacerdotes do país, acusados de apoiar manifestações e tramar contra o regime sandinista.

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