Após pedido para preservar cabelo, Loures reaparece com cabeça raspada
Ex-assessor especial do presidente Michel Temer havia pedido ao STF que não o fizesse passar “pelo mesmo constrangimento que Eike Batista”
atualizado
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O “homem da mala”, Rodrigo Rocha Loures, até que tentou preservar o cabelo após ser preso, no sábado (3/6). Mas, não conseguiu evitar as tesouras da penitenciária da Papuda, em Brasília, onde está detido. Nesta sexta-feira (9), o ex-assessor especial do presidente Michel Temer (PMDB) e ex-deputado (PMDB-PR) reapareceu com novo visual em depoimento à Polícia Federal: cabeça raspada.
Antes de ser levado ao presídio, na quarta-feira (7), quando ainda estava recolhido em uma cela da PF, Loures fez um pedido, por meio de seus advogados, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin — relator da Operação Lava Jato na Corte. O ex-assessor de Temer solicitou que o magistrado o livrasse da regra rígida do sistema penitenciário que impõe aos prisioneiros a cabeça raspada.
Levado de volta à PF para interrogatório — ficou em silêncio — o ex-deputado não mais exibia o topete alongado que ficou conhecido do público, recentemente, quando protagonizou cenas de corrupção explícita. Loures foi filmado pela PF por uma rua de São Paulo enquanto carregava uma mala com R$ 500 mil em propina da JBS — 10 mil notas de R$ 50.Loures queria evitar o mesmo constrangimento que, segundo ele, o empresário Eike Batista, preso na Operação Eficiência, no começo deste ano, viveu ao perder os cabelos na penitenciária de Bangu (RJ). Eike foi detido por suposta propina de US$ 16,5 milhões (R$ 54 milhões) ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) — que está preso desde novembro do ano passado.
Fachin encaminhou tal demanda para apreciação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Não se sabe se o expediente seria submetido ao crivo do Plenário da Corte.