Após operação, Mourão diz que “inquéritos eternos buscam pelo em ovo”
Hamilton Mourão, que foi vice-presidente da República durante a gestão Bolsonaro, afirmou que o país vive uma “situação de não normalidade”
atualizado
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O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) se manifestou, nesta quinta-feira (8/2), sobre a operação da Polícia Federal (PF) que investiga aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os investigados são suspeitos de montar, de acordo com a corporação, uma organização criminosa que estruturou uma suposta tentativa de golpe de Estado.
O parlamentar gaúcho, que foi vice-presidente da República durante a gestão Bolsonaro, afirmou que o país vive uma “situação de não normalidade”.
“Inquéritos eternos buscam ‘pelo em ovo’, atacando, sob a justificativa de uma pretensa tentatia de golpe de Estado, a honra e a integridade de chefes militares que dedicaram toda uma vida ao Brasil”, escreveu em publicação no X (antigo Twitter).
Mourão também afirmou que “ladrões de colarinho branco são anistiados enquanto a bandidagem comum aterroriza a população que vive sob total insegurança”.
Operação Tempus Veritatis
Investigações da Polícia Federal (PF) apontam que políticos e militares se aliaram para uma suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. O objetivo, segundo as apurações, era manter Jair Bolsonaro (PL) no poder e colocar em dúvida o resultado das eleições realizadas em 2022.
Além de Bolsonaro, estão na mira da PF nesta quinta o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno; e ox ex-ministros Walter Braga Netto (Defesa e Casa Civil) e Anderson Torres (Justiça). Dos alvos, ao menos 16 são militares.
Foram presos Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, e o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens. Também foram detidos os militares Bernardo Romão Corrêa e Rafael Martins.
São cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, como a probição de manter contato com demais investigados, proibição de sair do país e suspensão do exercício de funções públicas.