Após operação da PF, consultor da Dataprev é demitido do cargo
Força-tarefa apura desvio de valores do extinto Ministério do Trabalho
atualizado
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Alvo da Operação Gaveteiro, deflagrada pela Polícia Federal (PF), o consultor jurídico da Dataprev, José Ivanildo Dias Júnior, foi afastado do cargo nessa quarta-feira (13/02/2020).
A força-tarefa apura desvio de valores do extinto Ministério do Trabalho por meio da contratação de uma empresa de Tecnologia da Informação (TI).
Na ocasião, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na sala de José Ivanildo, em Brasília (DF), sede do órgão.
A dispensa do consultor jurídico é assinada por Isabel dos Santos, diretora de governança Corporativa e Jurídica da Dataprev. No lugar de José Ivanildo, foi designado Rafael de Moraes Mota, ex-gerente do Departamento Jurídico de Demandas Consultivas.
Procurada, a Dataprev destacou, em nota, que José Ivanildo Dias Júnior é empregado efetivo e, portanto, admitido por concurso público.
“[Ele] foi dispensado, apenas, da função comissionada de consultor jurídico, retornando para suas atividades como Analista Jurídico. Trata-se de um ato de gestão interna da empresa”, completou.
Operação Gaveteiro
Além de José Ivanildo, o atual presidente da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), Ronaldo Nogueira, e o ex-assessor do agora ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, Pablo Tatim foram alvos da PF.
Nogueira atuou como ministro do Trabalho durante a gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB).
Mais de R$ 50 milhões foram desviados da pasta entre os anos de 2016 e 2018, segundo apuração da Controladoria-Geral da União (CGU).
O objeto da contratação foi a aquisição de solução de tecnologia e licenças, voltadas a gerir sistemas informatizados do Ministério do Trabalho e detectar fraudes na concessão de seguro-desemprego.
Policiais federais cumpriram dois mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão. Os endereços estão situados no Distrito Federal, em Goiás, São Paulo, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.