Após Ômicron, Comitê do Consórcio Nordeste recomenda cancelar Carnaval
Segundo especialistas do Comitê Científico, aglomerações no Réveillon e no Carnaval “resultariam em nova onda da pandemia”
atualizado
Compartilhar notícia
O Comitê Científico do Consórcio Nordeste, criado pelos governos estaduais da região para coordenar o combate à pandemia, publicou nesta sexta-feira (3/12) um boletim no qual pede o cancelamento das festas de Réveillon e de Carnaval em 2022, alegando que as aglomerações “resultariam em nova onda da pandemia”.
A recomendação é endereçada a governos e prefeituras do Nordeste e leva em conta o risco de crescimento no número de infecções pela Covid-19, sobretudo no contexto do espalhamento de uma nova variante do vírus, a Ômicron.
O colegiado de especialistas também recomendou um esforço para completar a vacinação da população contra o coronavírus e a manutenção de medidas de controle como o uso obrigatório de máscaras e a exigência do passaporte vacinal em locais públicos de grande circulação, como shopping centers e estádios de futebol. A busca ativa de não vacinados ou de pessoas que tomaram apenas uma dose da vacina também é sugerida no documento.
Os gestores públicos da região já vinham demonstrando preocupação com um possível agravamento da pandemia e agora terão o respaldo científico para tomar as decisões. Em Salvador (BA), por exemplo, a prefeitura já havia anunciado o cancelamento das festas de fim de ano, mas ainda não se pronunciou sobre o Carnaval.
A preocupação com uma nova onda, sobretudo enquanto não há mais informações sobre os riscos trazidos pela variante Ômicron, está na agenda de governantes de todo o país. Em Brasília, o governo de Ibaneis Rocha (MDB) já cancelou o Réveillon público, mas ainda espera novas informações para decidir sobre o Carnaval, que cai em 1º de março (terça-feira) em 2022.