Após nova onda de ataques, Manaus suspende aulas e vacinação
Apenas uma maternidade e o Samu seguem funcionando. Estado e capital pediram ajuda de forças federais para conter ataques
atualizado
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Durante a onda de violência que assusta moradores de Manaus, a prefeitura da capital amazonense determinou o fechamento de salas e postos de vacinação nesta segunda-feira (7/6). Os serviços de ônibus e as aulas presenciais já haviam sido suspensos mais cedo.
Com isso, a campanha de imunização contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, está suspensa temporariamente.
Funcionam normalmente neste dia apenas a Maternidade Moura Tapajóz e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192).
Em nota, a prefeitura informou que o “cenário de conflitos e violência” vivido desde a madrugada de domingo (6/6) levou ao fechamento das unidades de saúde. Inicialmente, o atendimento seria retomado nesta segunda-feira, às 11h.
“Quem tinha agendamento de vacinação programado para esta data poderá ir a qualquer ponto, tão logo o serviço seja normalizado. No caso de atendimentos nas unidades de saúde, será feito um remanejamento para datas posteriores”, destaca o texto.
A previsão é de que os atendimentos sejam normalizados nesta terça-feira (8/6), a depender dos acontecimentos.
Os ataques também fizeram com que outros serviços fossem suspensos, como ônibus aulas presenciais e até o funcionamento da indústria.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) informou que por questões de segurança, resolveu suspender o funcionamento do transporte coletivo da capital, na manhã desta segunda-feira. O governo do Amazonas e a prefeitura de Manaus decidiram não abrir as escolas da rede estadual e municipal nesta segunda-feira. As aulas vão ocorrer de forma remota.
Ataques
Após pedido do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), o Ministério da Justiça e da Segurança Pública analisa o envio de tropas da Força Nacional para ajudar no controle da situação.
O pedido ocorre após ataques criminosos que iniciaram depois da morte de um traficante da região. Até domingo, ao menos 21 veículos e quatro agências bancárias foram incendiadas.