Após morte de PMs, 13 são assassinados na Grande Belém
A sequência de homicídios, praticados por homens em motos e fortemente armados, foi registrada após a morte de dois policiais militares
atualizado
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Em apenas cinco horas, 13 pessoas foram executadas em sete bairros periféricos de Belém e da cidade de Ananindeua, na região metropolitana da capital paraense. A sequência de assassinatos, praticada por homens em motocicletas e fortemente armados, foi registrada após a morte de dois policiais militares. Até a manhã desta terça-feira (10/4) ninguém havia sido preso.
A matança começou por volta das 15h30 de segunda-feira (9), depois da notícia da morte dos cabos da Polícia Militar Ivaldo Joaquim Nunes Silva, assassinado no bairro da Sacramenta, e Ernarni Rogerio Silva da Costa, executado no bairro 40 Horas, em Ananindeua. No total, 12 homens e uma mulher, com idades entre 18 e 30 anos, foram mortos.
Somente neste ano, 19 policiais morreram vítimas de homicídios no Pará. Em menos de quatro meses, esse número já passa da metade de assassinatos de PMs em comparação aos dados de 2017, que apontam 35 homicídios de militares, segundo a Associação de Cabos e Soldados da PM local.Dados do Sistema Integrado de Segurança Pública do Pará (Sisp) revelam que, nos três primeiros meses de 2018, foram registradas mais de mil mortes violentas, uma média de quase 13 ocorrências por dia no Pará. Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), nove das vítimas tinham passagem pela polícia.
Em coletiva à imprensa nesta manhã, o governo do Estado informou que a Segup instalou, ainda na tarde da segunda-feira, um gabinete especial de situação com os comandos de policiamento Civil e Militar para reforçar a segurança em Belém e região metropolitana. Os assassinatos estão sendo apurados pela Polícia Civil, com reforço nas equipes da Delegacia de Homicídios e contra Agentes Públicos (DHP).