metropoles.com

Após morte de juíza, CNJ quer aumentar prisões preventivas de homens que ameaçam mulheres

Grupo do Conselho Nacional de Justiça que estuda medidas contra a violência de gênero se reuniu após feminicídio da juíza Viviane do AmaraL

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Redes sociais/ reprodução
Vídeo mostra filhas gritando para pai não matar juíza: "Por favor, para!"
1 de 1 Vídeo mostra filhas gritando para pai não matar juíza: "Por favor, para!" - Foto: Redes sociais/ reprodução

O assassinato da juíza Viviane do Amaral pelo ex-marido na véspera de Natal fortaleceu no Judiciário a urgência de que sejam tomadas medidas para coibir a violência contra a mulher no Brasil. Um grupo de trabalho, composto por juízas e juízes de todo o país, criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em novembro deste ano para tratar do tema fez uma reunião extraordinária no sábado (26/12) e organizou metas.

Uma das prioridades é pressionar o Congresso a endurecer a legislação e aumentar as possibilidades de prisão preventiva por crimes como ameaça, injúria e lesão corporal no contexto familiar, que costumam anteceder o feminicídio.

Os magistrados do grupo de trabalho também querem, segundo a agência de notícias do CNJ, pedir aos parlamentares a tipificação dos crimes de stalking, termo em inglês para perseguição reiterada e obsessiva; e de violência psicológica contra a mulher.

Os magistrados estão mapeando projetos de lei já em tramitação que podem cobrir essas propostas e vão elaborar uma nota técnica para os presidentes do Congresso e líderes partidários.

5 imagens
Assassinato ocorreu em área nobre do Rio
Juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, de 45 anos
1 de 5

Vídeo mostra filhas gritando para pai não matar juíza: "Por favor, para!"

Reprodução
2 de 5

Assassinato ocorreu em área nobre do Rio

Reprodução
3 de 5

Reprodução
4 de 5

Reprodução
5 de 5

Juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, de 45 anos

Reprodução/Instagram

Também foi decidido nessa reunião de sábado que o CNJ deve regulamentar a obrigatoriedade da criação dos Comitês de Gênero nos tribunais e das Ouvidorias da Mulher, buscando assegurar de modo permanente a promoção da equidade de gênero e a fiscalização efetiva da implementação.

Foi proposta ainda a criação do Prêmio Viviane do Amaral, para incentivar boas práticas no Poder Judiciário de enfrentamento à violência doméstica contra as mulheres.

O caso

A juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), foi morta pelo ex-marido no dia 24, na frente das filhas do casal.

O engenheiro Paulo José Arronenzi foi preso após o crime e encaminhado para Delegacia de Homicídios da capital carioca.

A magistrada foi morta na frente das três filhas, na Avenida Rachel de Queiroz, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro (RJ). O crime aconteceu quando a juíza foi deixar as filhas com o pai para a noite de Natal.

Imagens gravadas por testemunhas mostram as filhas da vítima desesperadas. “Por favor, para! Para! Para!”, implora uma das três crianças ao assassino.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?