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Após massacre, colégios de Suzano ganharão sistema de botão de pânico

A ideia é integrar Polícia Militar e comunidade escolar, que poderá fazer denúncias sobre qualquer anormalidade

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1 de 1 Suzano04 - Foto: Rafaela Felicciano / Metrópoles

Enviado especial a Suzano (SP) – Uma semana após o massacre no Colégio Estadual Raul Brasil, em Suzano, o governo anunciou a instalação de um sistema integrado de monitoramento com botão de pânico nas escolas. Além disso, profissionais serão contratados para prestar atendimento psicológico nas instituições de ensino.

O botão do pânico tem o objetivo de integrar a escola com a Polícia Militar. Assim, qualquer pessoa poderá denunciar ataques e anormalidades. “Até o fim de abril, vamos ter esse serviço instalado e em operação na cidade. Não vamos ter só as imagens das instituições, mas das principais ruas também”, destacou o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, sem detalhar os custos para o investimento.

O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares da Silva, adiantou que discute com integrantes da PM medidas para aumentar a segurança nas instituições de ensino da cidade.“Não é só colocar um policial e uma câmera. Precisamos discutir o cuidado com as pessoas. Continuaremos a errar se não identificarmos as fragilidades do nosso sistema”, concluiu. “Um episódio como esse nos faz repensar a escola, o jovem, a família. Precisamos observar as causas e mudar o que precisa”, completou.

Rossieli adiantou que haverá investimentos na formação de professores para que consigam identificar e combater o bullying. “Precisamos aprender com as nossas merendeiras que salvaram muitos alunos durante o ataque, mas não somente naquele dia. Mas quando conversam com eles, interagem e os aconselham. Temos que apoiar essas pessoas e aprender com elas”, afirmou.

As aulas na Raul Brasil estão suspensas e ainda não há uma data definida para a escola voltar a funcionar. Após um ato ecumênico em homenagem às vítimas do massacre nesta quarta-feira (20/3), a instituição ficará fechada durante a tarde. Até sexta-feira (22), o local permanecerá sem atividades. Na próxima semana, o ritmo escolar começa a ser retomado com atividades de socialização e lúdicas.

Reforma
Durante toda a manhã, novos móveis chegaram à Raul Brasil. As compras fazem parte de uma medida para modificar o ambiente onde a chacina ocorreu. As obras e a pintura do local continuam. “Essas ações respeitam o rito para que possamos retomar no momento oportuno as atividades pedagógicas”, explicou o prefeito.

Na quarta-feira passada (13), os ex-estudantes Guilherme Taucci Medeiros, 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25, abriram fogo dentro da escola. Ao todo, 10 pessoas morreram, inclusive os dois atiradores. Um terceiro menor, de 17 anos, foi apreendido nessa terça-feira (19), acusado de ser o mentor do crime. A polícia ainda não concluiu as investigações.

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