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Após Janja, ministros saem em defesa de Lula por falas sobre Israel

Presidente Lula comparou as atitudes de Israel, em guerra com o Hamas, ao Holocausto. Mais ministros se posicionaram após fala de Janja

atualizado

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Ricardo Stuckert
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1 de 1 Foto colorida do presidente Lula - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert

O ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos e da Cidadania, se manifestou, nesta terça-feira (20/2), a favor das falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Israel, em meio à guerra com o Hamas, da Palestina.

Almeida seguiu o novo posicionamento adotado pelo governo, desde a repercussão pela fala de Lula no domingo (18/2). “É importante que se frise o seguinte: é o governo extremista de Israel quem promove o massacre, e não a comunidade judaica, como os oportunistas e semeadores do ódio de dentro e de fora do Brasil tentam fazer parecer”, escreveu o ministro no X (antigo Twitter).

A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, reforçou essa posição atualizada sobre a guerra na segunda-feira (19/2), quando publicou nas redes sociais: “A fala se referiu ao governo genocida e não ao povo judeu. Sejamos honestos nas análises”.

Nesta manhã, o titular dos Direitos Humanos frisou que o presidente nunca se colocou “contra o povo de Israel ou contra a comunidade judaica” e apenas demonstrou indignação ao governo de Israel.

“Lula se indigna contra a ação desproporcional e assassina de um governo que, inclusive, passa a ser questionado por outros membros da comunidade internacional, que se unem ao Brasil na exigência pelo cessar-fogo diante do Conselho de Segurança da ONU”, continuou o ministro.

Assim como Almeida, Lula tem feito diversas críticas à Organização das Nações Unidas (ONU), especialmente desde o início do conflito armado entre Israel e Hamas, em outubro do último ano. O chefe do Executivo defende o fim do veto de membros permanentes e maior diversidade de países representados nos principais grupos da instituição.

“A partir da próxima semana, o Brasil participará da 55a sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, como membro eleito, e na ocasião irá reiterar suas posições pela solução pacífica dos conflitos e pela reforma das instituições de governança global que, nas palavras do Presidente Lula, tem se mostrado incapazes de fazer valer suas decisões ou de produzir consensos entre os países”, disse o ministro.

Outros ministros saem em defesa

Na tarde de segunda-feira (19/2), após a reunião de ministros e assessores com Lula no Palácio do Alvorada, o ministro do Esporte, André Fufuca, também saiu em defesa do presidente. O titular é alinhado ao Centrão, e não aos partidos de coalizão do PT.

“A declaração do presidente Lula sobre Gaza é corajosa, essencial e destaca a importância da paz e solidariedade entre as nações. É fundamental que a comunidade internacional não ignore o sofrimento do povo palestino, vítima de crimes que exigem punição”, falou pelo X.

No fim de semana, outros ministros se manifestaram. Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, afirmou que o Brasil condenou também os ataques do Hamas, mas “a comunidade internacional não pode calar diante do massacre de um povo que não pode sofrer um extermínio pelos crimes cometidos por um grupo que deve ser punido pelo que fez”.

“As palavras do presidente Lula sempre foram pela paz e para fortalecer o sentimento de solidariedade entre os povos!”, escreveu.

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, considerou a posição do presidente como “necessária” diante ao avanço do conflito. “Que esse posicionamento incentiva outros países a condenarem a desumanidade que vendemos dia após dia”, disse.

Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, também apoiou as “preocupações do presidente Lula em relação ao conflito que vem cruelmente atingindo civis na Faixa de Gaza, vítimas do governo de extrema-direita de Israel”.

O que Lula disse?

Na semana passada, em viagem pela África, Lula vinha endurecendo o discurso contra Israel e chamando atenção para a calamidade na Faixa de Gaza, enclave da guerra.

No domingo (18/2), último dia no continente, o chefe do Executivo retomou o assunto: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.

O presidente cobrou ajuda humanitária do “mundo rico”: “Qual é o tamanho da consciência política dessa gente e qual é o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio?”.

Desde então, Lula se tornou “persona non grata” em Israel e o governo federal chamou de volta o embaixador brasileiro em Tel Aviv. Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, convocou o embaixador israelense no Brasil para uma conversa na tarde de segunda-feira (19/2).

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