Marçal responde por escrito após intimação de Moraes por uso do X
O candidato derrotado a prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), encaminhou por escrito sua resposta a intimação de Moraes
atualizado
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Pablo Marçal (PRTB), candidato derrotado corrida pela Prefeitura de São Paulo, enviou por escrito a resposta da intimação feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para que ele explicasse o uso que fez da rede social X após o seu bloqueio pela Justiça. A informação é do UOL.
O ministro bloqueou a rede social X, em todo o Brasil, no dia 30 de agosto, em represália ao não cumprimento de exigências legais pela empresa do bilionário Elon Musk.
Segundo investigações da Polícia Federal, o candidato derrotado utilizou sua conta no X, às véspera do primeiro turno das eleições municipais deste domingo (6/10), para realizar postagens políticas. Ele também postou em referência a um lado falso relacionando o adversário Guilherme Boulos (PSol) ao uso de cocaína.
Na intimação, Alexandre de Moraes destaca condutas como abuso do poder econômico e de uso indevido dos meios de comunicação para disseminar mentiras durante as eleições. Marçal teve 24h para responder à intimação.
A decisão do ministro foi tomada após o TRE-SP derrubar o perfil de Pablo Marçal no Instagram por divulgar um laudo médico falso no qual afirmava que Guilherme Boulos (PSol), candidato à prefeitura de São Paulo, teve um surto psicótico grave causado por uso de cocaína.
A PF está investigando diversos crimes supostamente cometidos por Marçal e incluiu a divulgação de informações falsas contra Boulos no inquérito.
“Já há investigação em curso, essa nova representação foi juntada em inquérito instaurado em setembro, aberto a partir de outra representação do candidato Guilherme Boulos, que foi acusado de ser usuário de drogas”, relatou Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, ao UOL.
X suspenso no Brasil
No dia 30 de agosto, Alexandre de Moraes determinou que a rede social X fosse bloqueada no Brasil, após diversos descumprimentos judiciais. O ministro definiu uma multa de R$ 50.000 diários para quem usasse a rede indevidamente.
A Procuradoria Geral da República (PGR), em setembro, solicitou que Alexandre de Moraes determinasse que a PF identificasse os brasileiros que usaeram o X depois do bloqueio.
Na quinta-feira (26/9), a defesa da X apresentou uma série de documentos em uma nova tentativa de viabilizar, de maneira imediata, o retorno do serviço ao país e, em 4 de outubro, realizou o pagamento das dívidas da rede com o Brasil, no entanto, ela ainda não foi desbloqueada no país.