Após greve, sistema BRT volta a funcionar no Rio com ônibus superlotados
Reunião será realizada para solucionar o impasse entre rodoviários e consórcio gestor. Manhã foi de problema nos trens da SuperVia
atualizado
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Rio de Janeiro – O sistema BRT voltou a operar na manhã desta terça-feira (2/2) na capital carioca. Os três corredores expressos estão funcionando com intervalos regulares e seguem proporcionando ao usuário o deslocamento em ônibus superlotados e sem manutenção.
A situação voltou ao normal após um dia de paralisação dos motoristas dos ônibus articulados, que deixou os cerca de 170 mil passageiros que usam o modal sem transportes nesta segunda-feira (1º/2).
A greve de ontem era para exigir melhorias para os profissionais, que correm o risco de ficar sem salários nesta sexta-feira (5/2), “por falta de recursos para honrar o compromisso”, como anunciado pelo consórcio que administra o serviço.
Além de reivindicar garantias para o pagamento dos vencimentos de janeiro, os Rodoviários exigem, principalmente, a não redução do salário proposta pelo consórcio. Segundo os representantes da categoria, o BRT estaria aplicando sete dias de redução salarial – ou seja, o funcionário vai ficar sete dias em casa sem remuneração. A medida foi suspensa pela concessionária.
Na tarde desta terça, uma reunião entre representantes das empresas de transporte e rodoviários será realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), para tentar solucionar o impasse.
O retorno dos motoristas ao trabalho só foi possível após o prefeito Eduardo Paes (DEM) fazer diversos apelos e prometer abrir uma mesa de negociação para discutir o equilíbrio econômico do contrato de concessão.
Para o prefeito, a ação pode ter sido “coordenada pelos empresários”, movimento conhecido como “locaute”, prática proibida pela legislação brasileira. O sindicato das empresas nega.
Passageiros enfrentam problemas nos trens
O descarrilamento de um trem de manutenção em um dos ramais (Santa Cruz) do sistema ferroviário interrompeu a circulação de trens entre as estações de Padre Miguel e Realengo, na zona oeste da capital, distantes cerca de 2 km uma da outra.
A falha obrigou os passageiros a saírem dos trens em Padre Miguel e caminharem pelos trilhos até a plataforma de Realengo, onde poderiam embarcar em outra composição em direção à Central do Brasil. A SuperVia, concessionária que administra o sistema de trens, apura a circunstâncias do acidente.