Após fazer apologia ao nazismo, Monark critica “linchamento desumano”
Podcaster demitido do Flow volta a se defender depois de sugerir partido nazista em programa: “Posso ter errado na forma que me expressei”
atualizado
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São Paulo – Depois de passar a ser investigado por fazer apologia ao nazismo, o apresentador Monark afirmou que está sofrendo um “linchamento desumano”. Em seu perfil no Twitter, o podcaster demitido do Flow Podcast, disse que nunca apoiou a ideologia nazista.
“Eu posso ter errado na forma como eu me expressei, mas o que estão fazendo comigo é um linchamento desumano. Reitero que um nunca apoiei a ideologia nazista e que a considero repugnante. A ideia defendida é que eu prefiro que o inimigo se revele do que fique nas sombras.”, escreveu no Twitter nesta quinta-feira (10/2).
Nesta quinta-feira, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) afirmou que está investigando Monark. Caso ele seja denunciado e condenado, a pena de prisão varia de um a três anos.
O podcaster é suspeito de praticar racismo, crime que segundo a Constituição é inafiançável e imprescritível. Na portaria em que instaurou o inquérito civil, o MPSP afirma que “o conteúdo nazista e antissemita é inquestionável”.
O caso é coordenado pelo Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi).
Investigação civil
Portaria do MPSP indica a abertura de inquérito civil por apologia ao nazismo e discriminação contra judeus. “O conteúdo nazista e antissemita é inquestionável”, consta no texto.
O documento menciona ainda que a postura de Bruno Aiub pode ser considerada crime de divulgação e proselitismo do nazismo. “O discurso discriminatório contra judeus excede os limites da liberdade de expressão”, afirma a portaria.