Após falta de oxigênio em UPA, SP terá miniusinas de produção do gás
Equipamentos anunciados pela prefeitura entram em funcionamento no dia 15 de abril
atualizado
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São Paulo – O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou nesta quinta-feira (25/3), em coletiva de imprensa, a construção de 19 miniusinas que vão produzir oxigênio com capacidade para garantir 807 leitos, sendo 596 de enfermaria e 211 de UTI de Covid-19.
A produção, no entanto, só começa no dia 15 de abril em sete usinas e em 30 de abril, nas outras 12. Os equipamentos serão instalados em hospitais municipais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
O anúncio ocorreu cinco dias após 10 pacientes infectados pelo coronavírus da UPA Ermelino Matarazzo, na zona Leste da capital, serem transferidos para o Hospital de Itaquera por falta de oxigênio.
Segundo a prefeitura, não falta oxigênio, mas há dificuldade em fazer com que os cilindros cheguem às UPAs. Apenas neste mês, o consumo do gás aumentou 121% em relação a janeiro.
A capacidade de produção das miniusinas é de 9 mil metros cúbicos por dia, o equivalente ao abastecimento diário de 900 cilindros.
“Teremos, depois de três anos, uma redução do custeio. É uma obra que vai ficar permanente, garantindo abastecimento de oxigênio”, disse Covas.
O executivo municipal também anunciou nesta quinta a criação de mais 60 leitos de UTI e 180 de enfermaria específicos para Covid-19.
Para o prefeito, esses leitos são importantes para desafogar outros hospitais.