Após fala de Lula, Zelensky diz que não negociará Crimeia com Putin
Nessa quinta-feira (6/4), Lula sugeriu que Zelensky abrisse mão da Crimeia para acabar com a guerra
atualizado
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta sexta-feira (7/4) que não negociará a Crimeia – território anexado pela Rússia em 2014 – com a Rússia. A declaração ocorre após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugerir que o ucraniano cedesse à pressão de Vladimir Putin.
Segundo Zelensky, “o mundo deve saber: respeito e ordem voltarão às relações internacionais somente quando a bandeira ucraniana retornar à Crimeia; quando houver liberdade lá, assim como em toda a Ucrânia”.
Após fala de Lula, Zelensky diz que “respeito e ordem retornarão apenas quando a bandeira ucraniana retornar à Crimeia.”
Pronunciamento do líder ucraniano acontece após presidente do Brasil sugerir que Crimeia fique de fora de negociações de paz com a Rússia.
(Via: @SamPancher) pic.twitter.com/zneGSCzRNE
— Metrópoles (@Metropoles) April 7, 2023
Lula, nessa quinta-feira (6/4), sugeriu que Zelensky abrisse mão da península para acabar com a guerra.
“[Vladimir] Putin não pode ficar com o território da Ucrânia. A Crimeia pode ser discutida. Mas o que ele invadiu de novo, ele tem que repensar”, disse Lula durante um encontro com jornalistas no Palácio do Planalto, em Brasília.
A sugestão de Lula acontece em meio à tentativa de mediação do conflito pelo governo brasileiro. Na próxima semana, o petista deve apresentar um projeto ao presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim.
Já nesta sexta-feira, o governo ucraniano afirmou que não desistirá da Crimeia. “Qualquer esforço de mediação para restabelecer a paz deve basear-se no respeito pela soberania e na plena restauração da integridade territorial da Ucrânia, de acordo com a Carta das Nações Unidas”, disse o porta-voz da diplomacia do país, Oleg Nikolenko.