Após episódio de homofobia, vereador do PSol é afastado por 60 dias
Enquanto Paulo Eduardo Gomes estiver fora, quem ocupa a cadeira na Câmara Municipal de Niterói é a professora da UFF Regina Bienenstein
atualizado
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Rio de Janeiro – O diretório municipal do PSol em Niterói, na região metropolitana do Rio, afastou por 60 dias o vereador Paulo Eduardo Gomes da Câmara do município após episódio de homofobia, em julho deste ano.
De acordo com o partido, o político vai passar por aulas sobre racismo, LGBTfobia e machismo. Em seu lugar, ficará a professora de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal Fluminense (UFF) Regina Bienenstein, 77 anos.
No início do mês passado, a vereadora Verônica Lima (PT), que é lésbica, acusou Gomes de homofobia.
“Ele começou a falar alto, cada vez mais alto. Pedi que falasse baixo, três vezes. Na quarta, levantei a voz. Aí ele se levantou e me perguntou: ‘Você quer ser homem?’ Eu disse: ‘Não, não quero ser homem, me respeita.’ [Ele falou] ‘Se você quer ser homem, vou te tratar como homem’. Ele partiu para cima de mim e precisou ser contido”, contou a vereadora ao G1.
No mesmo dia, o vereador pediu desculpas.
Sobre a medida tomada pelo PSol, Verônica afirma que espera que seja feita a justiça “na medida correta” e que “dois meses de cursinho, para uma pessoa que tem a idade que ele tem, […] não é o suficiente”.
O caso foi encaminhado à Comissão de Ética da casa.