Com prisão decretada, Zé Trovão acusa ex de “sanha” por dinheiro
Zé Trovão disse que houve erro no pagamento, pois, de acordo com ele, Câmara desconta a pensão de filho do seu salário todos os meses
atualizado
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Em vídeo gravado na noite de sexta-feira (28/6), o deputado federal Zé Trovão (PL-SC) reiterou o que sua defesa disse e alegou que a falta de pagamento de pensão alimentícia a seu filho ocorreu por um erro da Câmara dos Deputados. Na sexta, por decisão da comarca de Joinville (SC), a Justiça decretou a prisão do deputado. O mandado, porém, ainda não foi emitido.
“Não existe dívida alguma deste parlamentar porque, se o juiz determinou que a pensão tivesse algum tipo de aumento, ele comunica à Câmara dos Deputados, que desconta a pensão alimentícia do meu filho todos os meses”, afirmou ele. “Quem cometeu erros até aqui ou foi o Judiciário ou foi a Câmara dos Deputados. (…) Não devo, não serei preso. E se tiver que pagar algo a mais, que seja feito da maneira certa. Não impute a mim o erro que é de vocês”, disse o parlamentar.
Ele ainda acusou a mãe de seu filho de ter “uma sanha” para buscar todos os dias mais dinheiro. Ele mostrou, então, comprovantes de pagamento de condomínio e aluguel, que, somados, dão cerca de R$ 4 mil.
“Este é um valor que eu pago a mais todos os meses, tirando esse valor [da pensão] que desconta diretamente do meu salário. Sabe por quê? Porque a minha mulher mora em um apartamento de alto padrão custeado pelo pai do seu filho”, completou.
Trovão ainda diz que talvez quem esteja se beneficiando dos valores pagos neste momento não seja seu filho. “O que me assombra ainda mais é saber que a outra parte não tem a moral de sequer se pronunciar e dizer: ‘Olha, recebo tudo e sempre recebi, inclusive moro em um apartamento que ele paga’”.
Entenda
O advogado do parlamentar, Joel Covolan Daüm, disse que a Casa descontou do contracheque do deputado um valor menor do que o determinado pela Justiça.
A defesa afirmou que o pagamento da quantia devida foi feito no final da tarde de sexta e que irá solicitar à Justiça que oficie a Câmara dos Deputados sobre o valor correto a ser debitado.
O advogado relatou que, no momento da dissolução de união estável, ficou estabelecido o pagamento de pensão de 17,5% dos rendimentos ou de 4,5 salários mínimos, dependendo do que for maior. A Câmara, no entanto, passou a descontar o valor menor.