RS: para combater onda de crimes, Força Nacional vai atuar em abrigos
Além de ações de resgate, agentes da Força Nacional passam a auxiliar no policiamento em municípios gaúchos e dentro de abrigos públicos
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou a expansão da atuação da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) no Rio Grande do Sul. Agora, além de ajudar nos resgates, os agentes do efetivo federal vão garantir a segurança de abrigos que recebem os atingidos pelas enchentes no estado. A determinação ocorre após a insegurança pública se tornar um problema grave em meio à calamidade das enchentes no estado.
De acordo com o Ministério Justiça e Segurança Pública (MJSP), o efetivo que atua no estado chegará a 300 agentes até a próxima semana. O RS passa por uma escalada de violência e crimes dentro e fora de abrigos.
No momento, o trabalho da Força Nacional consiste no patrulhamento de ruas e salvamento, reconhecimento terrestre, apoio à Brigada Militar e ao Corpo de Bombeiros, bem como fazer abordagens terrestres e aquáticas para resgate de pessoas e animais ilhados.
A Força Nacional é formada por policiais militares, policiais civis, bombeiros militares e profissionais de perícia dos estados e Distrito Federal, com coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Ordem é prender criminosos em abrigos
Em entrevista a jornalistas na manhã dessa sexta-feira (10/5), o governador Eduardo Leite (PSDB) reforçou que garantir segurança “é uma prioridade” dentro do plano estratégico de enfrentamento da crise no Rio Grande do Sul.
“Não vamos dar espaço para que criminosos, seja de que ordem for, aqueles que querem roubar, saquear e atacar pessoas que estão inclusive de maneira voluntária para ajudar tantas pessoas que foram atingidas”, prometeu.
Para reforçar a segurança e conter a escalada dos crimes no estado, Leite decidiu convocar policiais presentes no quadro de reserva dos últimos 10 anos. Entre eles, mil profissionais da Brigada Militar e 260 aposentados da Polícia Civil do RS.
O secretário estadual da Segurança Pública, Sandro Caron, afirmou que a ordem dada à polícia gaúcha é “prender todos aqueles que praticarem crimes nos abrigos”.”Vamos fazer cumprir a lei dentro dos abrigos para proteger as pessoas”, declarou Caron.
Ele informou que, desde o início das operações, 54 pessoas foram presas, sendo 11 por crimes praticados dentro de abrigos. Além disso, Caron reforçou que os autores de crimes sexuais dentro desses espaços foram presos.
Números da tragédia no RS
Até a manhã deste sábado (11/5), a Defesa Civil do Rio Grande do Sul registrou 136 mortos. Há também 125 desaparecidos e 746 feridos.
De acordo com boletim, as chuvas afetaram 1.951.402 moradores em 444 municípios. Destes, 339.928 estão desalojados e 71.398, em abrigos.
Ao todo, 74.153 moradores conseguiram ser resgatados, além de 10.348 animais.