Após desentendimentos, Lula recebe presidente da Petrobras e ministros
Na semana passada, o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) cobrou da Petrobras redução nos preços dos combustíveis
atualizado
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Após desentendimentos envolvendo a Petrobras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe, na tarde desta terça-feira (21/11), o presidente da estatal, Jean Paul Prates, e os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, da Casa Civil, Rui Costa, e da Fazenda, Fernando Haddad. A reunião ocorre às 15h no Palácio do Planalto.
Na última sexta-feira (17/11), Silveira voltou a subir o tom e cobrar da empresa petroleira a redução nos preços dos combustíveis, diante da queda no valor do petróleo no mercado internacional. A declaração expôs o antagonismo entre o ministro e o chefe da Petrobras.
“O último aumento da Petrobras já vai fazer 30 dias. Naquele momento, o brent (petróleo considerado referência no mercado internacional) estava em torno de US$ 92 o barril. O preço do dólar era estável, como está hoje. Agora, o brent reduziu muito, estamos em torno de US$ 78”, disse o ministro em entrevista à GloboNews.
“Portanto, eu já esperava manifestação da Petrobras no sentido de reduzir preços. Em especial, o do óleo diesel, que impacta diretamente a inflação porque é o grande condutor. O grande impulsionador da economia é o transporte”, completou Alexandre Silveira.
De acordo com o ministro de Minas e Energia, o governo estima que seria possível redução entre R$ 0,32 e R$ 0,42 no preço do litro do diesel e de R$ 0,10 a R$ 0,12 no valor da gasolina.
“Fiz essa manifestação à Casa Civil. É importante, respeitando a governança da Petrobras, respeitando a sua natureza jurídica. Mas já está na hora de puxarmos a orelha da Petrobras, de novo, para que ela volte à mesa e possa colocar com clareza”, concluiu Silveira.
Prates responde
No sábado (18/11), Jean Paul Prates fez uma série de posts para defender sua gestão e dizer que cumpre missão do presidente Lula. Prates, que é filiado ao PT, inseriu nas postagens várias fotos ao lado de Lula, inclusive durante campanhas eleitorais.
“Não faz sentido agir por impulso ou açodamento – como fez o Governo Bolsonaro todo o tempo, quanto a isso. Canso de repetir: a Petrobrás não ‘faz’ o preço do mercado, e tem sua política comercial definida de acordo com seus parâmetros técnicos, logísticos e operacionais. Portanto, a Petrobrás fará ajustes quando e como tais parâmetros indicarem pertinência”, escreveu ele no X (antigo Twitter).