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Após desencontro e divergência, Lula tem reunião marcada com Zelensky

Lula deve receber o presidente da Ucrânia no hotel em que está hospedado, em Nova York, antes de retornar ao Brasil

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Lula e Zelensky em montagem
1 de 1 Lula e Zelensky em montagem - Foto: Arte/Metrópoles

A relação entre o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, é distante e problemática, mas o governo brasileiro escolheu o ucraniano para uma das reuniões bilaterais que o petista faz às margens da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, nesta semana. O encontro está marcado para 16h desta quarta-feira (20/9), no hotel em que Lula está hospedado na metrópole norte-americana.

Se acontecer mesmo, esta será a primeira conversa cara a cara entre os dois chefes de Estado, que têm divergências sobre o caminho para a solução da guerra que a Rússia impõe à Ucrânia. Na noite desta terça (19/9), ao voltar para o hotel, Lula disse que não tem expectativas sobre a reunião com o presidente ucraniano e se mostrou mais interessado no encontro com o mandatário dos Estados Unidos, Joe Biden.

Próximo geopoliticamente do presidente russo, Vladimir Putin, Lula condena a invasão territorial da Ucrânia, mas não adota o tom duro dos Estados Unidos e de seus aliados, negou a venda de equipamento militar para os ucranianos e não apoia as sanções econômicas contra a Rússia.

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Zelensky na ONU
Lula e Zelensky já falaram, mas por videoconferência
Lula falou sobre desigualdade em discurso na ONU
Encontro com o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Gordon Brown
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Para Zelesnky, Lula poderia fazer mais pelo fim do conflito. O ucraniano tentou a primeira reunião presencial com Lula em maio, no Japão, quando os dois estiveram presentes como convidados na cúpula de chefes de Estado do G7. Na época, o governo brasileiro demorou a responder aos ucranianos e, quando tentou confirmar, Zelensky alegou que já não tinha disponibilidade em sua agenda.

Antes, em março, os dois chegaram a conversar, mas por videoconferência. Na ocasião, Zelensky convidou Lula para uma visita a Kiev, e o brasileiro respondeu que gostaria de fazer isso “em um momento adequado”. O governo brasileiro, então, despachou para a Ucrânia o assessor especial para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, que foi recebido por Zelensky.

Os piores momentos da relação entre os presidentes do Brasil e da Ucrânia aconteceram em maio, quando Lula disse que Zelensky e Putin tinham a mesma culpa pela guerra, e em agosto, quando o ucraniano disse que o brasileiro não compreende o mundo e repete o discurso de Putin.

É com esse clima tenso como pano de fundo que os dois devem se encontrar nesta quarta, em Nova York, se a agenda for mantida. Na terça, a programação de Lula nos Estados Unidos foi alterada. Inicialmente, o petista voltaria ao Brasil na quinta (21/9), mas o retorno foi antecipado para esta quarta. Pela previsão, as agendas marcadas, inclusive a reunião com Zelensky, estavam mantidas e apenas uma coletiva de imprensa que Lula daria antes da partida foi cancelada.

Se tudo for realmente mantido, o mandatário brasileiro se reúne nesta quarta com o presidente dos EUA, Joe Biden; com Zelensky; com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom; e com o presidente do Paraguai, Santiago Peña.

Lula falou sobre a guerra em seu discurso

O presidente brasileiro usou o assunto Guerra da Ucrânia para criticar a ONU em seu discurso na abertura da Assembleia Geral da entidade, na terça. “A Guerra da Ucrânia escancara nossa incapacidade coletiva de fazer prevalecer os propósitos e princípios da Carta da ONU. Não subestimamos as dificuldades para alcançar a paz. Mas nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo”, declarou Lula durante tradicional discurso de abertura do evento anual.

O mandatário do Brasil foi bastante aplaudido no decorrer de sua fala, que também abordou o flagelo da fome no mundo e pediu pressa na ação contra as mudanças climáticas. Zelensky estava na plateia, mas a reportagem do Metrópoles que acompanha o evento da ONU registrou que o ucraniano não se juntou aos aplausos a Lula em nenhum momento.

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