Após derrota no Senado, bolsonaristas vão de revolta a revanchismo
Lideranças bolsonaristas prometeram fortalecer oposição após derrota de Marinho na eleição para presidente do Senado
atualizado
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Após a derrota de Rogério Marinho (PL-RN) para Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na disputa pela presidência do Senado, lideranças bolsonaristas foram às redes se manifestar. Alguns adotaram o tom da pacificação, enquanto outros prometeram continuar aguerridos na oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Houve também os que adotaram críticas e ataques aos colegas de parlamento.
Valdemar Costa Neto, presidente do PL e correligionário do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que neste momento a democracia “precisa de equilíbrio, firmeza e harmonia entre os poderes”. Nesse sentido, o dirigente partidário declarou já ter passado o momento de retomar as discussões e projetos para fazer o Brasil crescer.
“O governo que assumiu agora precisa apresentar soluções, pois, até agora, nada de concreto foi apresentado. O PL vai cobrar, vai fiscalizar e seguirá como uma oposição forte e responsável”, disse Valdemar. O presidente do partido também elogiou Marinho e desejou boa sorte a Rodrigo Pacheco.
Filho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro também se manifestou. Ele parabenizou quem votou e trabalhou por Marinho e afirmou que o grupo seguirá na defesa das pautas defendidas pelo governo Bolsonaro. O senador também desejou que Rodrigo Pacheco “de alguma forma resgate a interdependência entre os Poderes”.
Outros bolsonaristas subiram o tom. Gustavo Gayer (PL), segundo deputado mais votado de Goiás, foi às redes e disse: “Isso aqui é uma putaria de um grande teatro. Uma democracia de vitrine. Não há mais parlamento nessa porra.”
Isso aqui é uma putaria de um grande teatro. Uma democracia de vitrine.
Não há mais parlamento nessa porra.— Gustavo Gayer (@GayerGus) February 1, 2023
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), o mais votado do Brasil, classificou a vitória de Pacheco como uma “vergonha” e ainda provocou: “Eleição em papel no Senado? Hum, interessante”. O parlamentar faz referência ao discurso bolsonarista de defesa do voto impresso.
O senador Magno Malta (PL-ES), que chegou a ser cotado como candidato conservador à presidênica do Senado e apoiou Marinho, afirmou que a sua “luta vai continuar”. Colega do capixaba, Luiz Carlos Heinze (PP-RS) disse estar “aborrecido”, mas ressaltou que o bloco de oposição fez 32 votos e pode trabalhar fazendo “oposição séria e responsável”.