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Após demissões, funcionários da Ford completam dois dias de greve

Paralisação é por tempo indeterminado. A montadora diz que o objetivo da dispensa é adequar a produção da unidade à queda nas exportações

atualizado

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Adonis Guerra/Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Ford
1 de 1 Ford - Foto: Adonis Guerra/Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Funcionários da fábrica da Ford em Taubaté (SP) completaram dois dias de greve nesta terça-feira (22/1) depois da demissão de 12 trabalhadores. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), a decisão foi tomada em assembleia e a paralisação é por tempo indeterminado.

Nesta terça houve mobilização de sindicalistas e trabalhadores na porta da montadora. O sindicato informou que apenas funcionários de setores essenciais foram liberados para entrar na fábrica.

De acordo com a entidade, as negociações pela manutenção dos empregos começaram “em setembro do ano passado, quando a Ford alegou ter um excedente de 350 trabalhadores em Taubaté” – um programa de Demissão Voluntária (PDV) foi aberto em novembro, com adesão de 128 trabalhadores.

O sindicato reclama que os integrantes do Comitê Sindical de Empresa negociavam outras medidas para administrar o excedente e diz que foram pegos de surpresa com as demissões desta semana.

“Foi deliberada em assembleia a paralisação por conta da demissão de qualquer pessoa que não fosse através do PDV”, justificou o coordenador do comitê, Sinvaldo Cruz. Com a greve, a produção na unidade está paralisada. A fábrica da Ford em Taubaté tem cerca de 1.300 funcionários.

À reportagem do Estado, a montadora confirmou as demissões e alegou que “está em processo de negociação com o sindicato”. Disse ainda que o objetivo das dispensas é “adequar os volumes de produção em função da queda nas exportações para a Argentina e do término do fornecimento de motores e transmissões para o México em 2019”.

Questionada sobre a possibilidade de novas demissões, a Ford não respondeu.

Assembleia em São Bernardo
Na manhã desta terça-feira, funcionários da Ford de São Bernardo ser reuniram na porta da montadora para cobrar da empresa a retomada das discussões sobre investimentos na unidade, como previsto em acordo firmado em março de 2017.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o acordo vale até novembro deste ano, mas “até agora não há nada efetivo”. “De lá para cá, mais de mil trabalhadores saíram por meio de PDV e aposentadorias. Portanto, já houve um esforço do Sindicato e dos trabalhadores no sentido de viabilizar esta planta”, afirmou.

A fábrica de São Bernardo da Ford emprega cerca de 2,8 mil trabalhadores e produz apenas New Fiesta e caminhões.

A Ford informou que haverá uma reunião com o sindicato na semana de 18 de fevereiro.

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