metropoles.com

Após decisão do TSE com multa de R$ 22,9 mi, PL diz que “seguiu a lei”

Em nota, o partido de Jair Bolsonaro (PL) voltou a reiterar, nesta quinta (24/11), que fez o papel de fiscalizar o processo eleitoral

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Breno Esaki/Especial Metrópoles
Valdemar Foto colorida do presidente do PL Valdemar Costa Neto - Metrópoles
1 de 1 Valdemar Foto colorida do presidente do PL Valdemar Costa Neto - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

Após decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que negou o pedido do PL para desconsiderar o resultado de urnas antigas utilizadas no segundo turno das eleições e condenou a coligação de Jair Bolsonaro a pagar multa de R$ 22,9 milhões, o PL voltou a se pronunciar. A afirmação é de que o partido seguiu a lei.

“O PL já acionou a assessoria jurídica, que vai analisar a decisão do TSE. O partido reitera que apenas seguiu o que prevê a Lei Eleitoral, que obriga as legendas a realizarem uma fiscalização do processo eleitoral”, informou o partido de Bolsonaro, por meio de nota, nesta quinta-feira (24/11), um dia após a decisão de Moraes.

Na terça-feira (22/11),  o PL entrou com ação na Justiça Eleitoral, na qual alegou “mau funcionamento das urnas [antigas] com potencial para macular o segundo turno das eleições presidenciais de 2022”. O partido alegou “desconformidades irreparáveis no funcionamento de 279.336 urnas”. Pediu ainda que os votos contidos nesses equipamentos fossem desconsiderados, o que daria a vitória de Jair Bolsonaro, com 51% dos votos válidos.

Imediatamente, o ministro Alexandre de Moraes, deu 24h para que o Partido Liberal apresentasse análise incluindo possíveis problemas nas urnas também no 1º turno, pois os mesmos equipamentos foram usados em 2 de outubro e elegeram forte bancada de extrema direita na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

“Só no segundo turno”

O PL, no entanto, ressaltou que só tinha o levantamento do segundo turno e pediu que Moraes considerasse essa denúncia. O ministro decidiu de forma contrária. Considerou o movimento do PL como de “total má-fé”. Segundo Moraes, o pedido foi “esdrúxulo e ilícito”, com argumentos “absolutamente falsos”. Assim, a solicitação da sigla foi negada “tanto em razão de sua inépcia como pela ausência de quaisquer indícios e circunstâncias que justifiquem a instauração de uma verificação extraordinária”.

Moraes afirmou que a iniciativa de pôr em dúvida a lisura do sistema eleitoral teria relação com os bloqueios de estradas realizados em todo o país por bolsonaristas que se recusam a aceitar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “[O pedido foi] realizado de maneira inconsequente com a finalidade de incentivar movimentos criminosos e antidemocráticos”, aponta o ministro.

Além da multa e do bloqueio de contas, o presidente do TSE também determinou que a Corregedoria-Geral Eleitoral seja oficiada para apurar “eventual desvio de finalidade na utilização da estrutura partidária, inclusive de Fundo Partidário”, em especial das condutas do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e do autor do relatório, Carlos César Moretzsohn Rocha. O ministro também enviou remessas ao inquérito das milícias digitais para investigação dos dois.

Em coletiva de imprensa, convocada para quarta-feira, Valdemar da Costa Neto já havia dito que seguiu a Lei das Eleições e que estava apenas verificando “indícios”.

“A mídia em geral fez entender que não temos uma prova de mau funcionamento das urnas publicadas ontem. A Lei Geral das Eleições (Resolução 23.673, artigo 51) diz: as entidades fiscalizadoras poderão solicitar verificação extraordinária após o pleito desde que sejam relatados fatos e apresentados indícios”, afirmou Costa Neto em coletiva.

Nesta quinta, voltou a redigir nota à imprensa sobre as intenções do partido de seguir a lei.

Compartilhar notícia

Todos os direitos reservados

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?