Após decisão do STF, bolsonaristas tentam burlar bloqueio do Telegram
O ministro Alexandre de Moraes atendeu pedido da PF, que acusou o aplicativo de não colaborar com investigações, e bloqueou a rede social
atualizado
Compartilhar notícia
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou o bloqueio do Telegram no Brasil na tarde desta sexta-feira (18/3), fez com que os grupos bolsonaristas se articulassem em busca de formas para burlar a decisão.
“Deu ruim, o careca vai travar o Telegram”, disse um dos mais de 21 mil membros de um grupo de apoio à reeleição de Jair Bolsonaro (PL). “O jeito será usar VPN ou Proxy”, respondeu um outro apoiador do presidente.
Minutos após a decisão do STF, diversos tutoriais de como continuar utilizando a rede social via VPN e Proxy começaram a circular nos grupos, que acusam o ministro Alexandre de Moraes de censura.
As duas formas possibilitam o acesso à plataforma através de servidores e redes localizadas em países onde não há restrições contra a rede social.
A decisão do ministro foi tomada depois de um pedido da Polícia Federal (PF). Segundo a corporação, o aplicativo de origem russa não tem cooperado com autoridades judiciais e policiais, além de ser um espaço para a “livre proliferação de diversos conteúdos, inclusive com repercussão na área criminal”.
Apesar dos diversos tutoriais de como burlar o bloqueio estourarem no Telegram após a determinação de Moraes, um trecho da decisão do ministro deixa claro que pessoas do Brasil que tentarem burlar a medida podem ser enquadrados civil e criminalmente, além de estarem sujeitas a uma multa diária de R$ 100 mil reais.
Leia a íntegra da decisão: