1 de 1 Claudia-Leitte1
- Foto: Instagram/@claudialeitte
Na última segunda-feira (18/9), o juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, da 14ª Vara do Distrito Federal, concedeu uma liminar que abre brecha para que psicólogos ofereçam terapia para reorientação sexual, conhecida popularmente como “cura gay”. A prática é proibida por uma resolução de 1999 do Conselho Federal de Psicologia.
A decisão do juiz gerou revolta nas redes sociais e muitos artistas se posicionaram contra, ressaltando que homossexualidade não é doença. Muitos artistas e internautas estão usando a hashatag #HomofobiaéDoença.
Anitta fez um vídeo com legenda em inglês e português criticando a decisão e dizendo que o país tem coisas mais importantes com o que se preocupar. “Eu tô devastada por dentro e quero mandar toda a solidariedade para o meu público e para os meus amigos. Eu estou aqui rezando para que os nossos representantes deem atenção para o que realmente é importante, que é consertar nossa miséria, nossa corrupção, nossa falta de educação, de instrução, até mesmo para ninguém mais cometer uma burrice como essa”, falou a cantora no vídeo.
Fernanda Gentil, que namora uma mulher, ironizou a decisão do juiz com uma foto com um termômetro e comprimidos publicada em seu Instagram. “Tentando me curar dessa doença, mas tá difícil. Ô Paulo Gustavo, obteve sucesso aí?”, escreveu ela na legenda. Paulo Gustavo também “tentou se curar” em um vídeo bem-humorado em suas redes sociais.
“Tudo que é remédio eu já tomei aqui, para poder tentar melhorar da homossexualidade mas não tô conseguindo não. Eu tô viado há muito tempo”, brincou o humorista, e perguntou para Preta Gil, para Fernanda e Ana Carolina se elas já tinham se curado, formando uma corrente nas redes sociais para combater a homofobia.
Taís Araújo, Pabllo Vittar e Claudia Leitte também se pronunciaram contra a liminar. Confira as personalidades que se manifestaram sobre o assunto:
7 imagens
1 de 7
Pabllo Vittar já animou bloco na capital federal
Hugo Barreto/Metrópoles
2 de 7
"Homossexualidade não é uma doença. Eu tenho muito medo quando um juiz valida a homossexualidade como doença e libera tratamentos psicológicos para isso, da gravidade desse ato e do que isso pode gerar. Eu tenho a sensação de que isso pode gerar mais homofobia e, consequentemente, mais violência, mais morte, menos compaixão, menos amor. Acho que a gente precisa mesmo é de amor, afeto, acolhimento e respeito. E compreender de uma vez por todas que a condição sexual de uma pessoa só importa a ela, exclusivamente", falou a atriz em um vídeo publicado no Instagram.
Globo/Mauricio Fidalgo
3 de 7
A atriz e apresentadora também criticou a decisão do juiz em seu Instagram: "Não é doença. É amor. Falta respeito. E sobra tempo e dinheiro que deveriam ser gastos com coisas mais importantes. Vergonha", escreveu.
DIVULGAÇÃO
4 de 7
A cantora publicou uma foto vestindo uma jaqueta com as cores do arco-íris e disse que o mundo é feito "de diversas cores". "Quando a gente vai perceber que é por conta das nossas diferenças que somos tão bonitos? Todos precisamos de respeito, todos temos os mesmos direitos. Retrocessos como acreditar que a condição sexual pode ser mudada tornam nossa caminhada tão escura e sombia... Doença mesmo é o desafeto e a ausência de compaixão. Caso não fique claro, vale ressaltar, homofobia é crime e leva ao crime. Mais amor!", escreveu na legenda.
5 de 7
O blogueiro publicou uma foto segurando pílulas e comprimidos para ironizar a decisão do juiz. "A Organização Mundial da Saúde não reconhece homossexualidade como 'distúrbio', 'doença' ou 'pervesão' e muito menos que exista tratamento. No entanto, um grupo de psicólogos brasileiros resolveu tentar 'curar' a homossexualidade alheia e encontrou aval da Justiça Brasileira. Não há remédio que mude a essência de ninguém e, se houvesse, que fosse para curar a falta de caráter, o preconceito e a falta de empatia. É ultrajante a gente assistir a essa onda descarada de retrocesso! #HomofobiaéDoença
TWITTER/REPRODUÇÃO
6 de 7
A atriz publicou uma imagem com os dizeres "Amor não é doença, é a cura" e escreveu, na legenda: "Em caso de preconceito, trate-se"
Reprodução
7 de 7
Porém, depois de tantos xingamentos, ela diz não se importar mais