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Após crise, Paraguai e Brasil cancelam acordo sobre energia de Itaipu

O tratado foi assinado em maio deste ano pelos representantes e virou motivo de briga interna no governo paraguaio

atualizado

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Itaipu
1 de 1 Itaipu - Foto: Divulgação/ Fotos Públicas

Após uma crise política no governo de Mario Abdo, o Brasil e o Paraguai decidiram anular, nesta quinta-feira (01/08/2019), o ato bilateral de distribuição de energia da Usina de Itaipu. O acordo foi assinado em maio pelos representantes e virou motivo de briga interna no governo paraguaio.

As pressões contra Abdo estavam tão intensas que o presidente corria o risco de sofrer processo de impeachment no país. Porém, após a decisão de suspensão do ato, o grupo Honor Colorado, organizador do processo, disse que avalia o cancelamento da proposta de afastamento.

Segundo o documento que saiu da reunião, ao qual o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) teve acesso, altas partes contratantes instruíram suas equipes técnicas a retomarem as reuniões com o objetivo de definir o cronograma de potência a ser contratada pela Eletrobras e pela Ande no período de 2019 a 2022.

Conforme o documento, os dois países concordam que a falta de acordo com o tema “afeta negativamente o faturamento dos serviços de eletricidade da entidade binacional e, ainda nesse sentindo, destacaram a importância de encontrar um solução para o problema no curto prazo”.

O documento, no entanto, deixa claro que o pedido do Paraguai para que a ata fosse denunciada pelos dois países não foi acatado, já que o documento menciona uma decisão unilateral do país vizinho.

Após a divulgação do resultado da reunião desta quinta (01/08/2019), diversos deputados e senadores do Paraguai começaram a retirar apoio ao julgamento político de Marito.

Segundo informações da imprensa local, o presidente do Partido Colorado, deputado Pedro Alliana, informou que o documento mostra que o dano da ata anterior foi corrigido e, portanto, decidiu retirar o apoio ao impeachment.

O ministro das Relações Exteriores paraguaio, Antonio Rivas Palacios, afirmou que, com o veto,  as negociações devem voltar à estaca inicial. Com a confusão no governo, o chanceler do Paraguai no Brasil, Luis Alberto Castiglioni, chegou a renunciar ao cargo. Quem assinou o documento no qual o Brasil reconhece a anulação do ato foi o embaixador brasileiro Carlos Alberto Simas Magalhães. Com o acordo, o Paraguai pagaria mais caro pela energia da usina binacional. (Com Agência Estado)

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