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Após CPI, Walter Delgatti vai prestar novo depoimento à PF nesta sexta

O hacker já havia falado à PF na última quarta-feira, mas após declarações na CPI do 8/1, foi convocado novamente a se explicar

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Walter Delgatti Neto, o Hacker da vaza Jato, entrando na viatura da PF após CPI do 8 de Janeiro - metrópoles
1 de 1 Walter Delgatti Neto, o Hacker da vaza Jato, entrando na viatura da PF após CPI do 8 de Janeiro - metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O hacker Walter Delgatti Neto vai prestar novo depoimento à Polícia Federal, nesta sexta-feira (18/8). A informação foi confirmada pelo Metrópoles. Ele vai depor devido às contradições entre o depoimento de quarta (16/8) à própria PF e na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Ele foi convocado novamente pela corporação após atribuir, na CPI, o comando de uma série de atos antidemocráticos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A sequência de menções a Bolsonaro responde a questionamentos do deputado Pastor Henrique Vieira (PSol-RJ). O parlamentar perguntou a Delgatti quem teria o pedido para invadir sistemas digitais do Conselho Nacional de Justiça (leia mais abaixo). Delgatti afirmou que a ordem veio da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e de Jair Bolsonaro.

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Hacker Walter Delgatti chega para depôr à PF
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O hacker alega ter recebido pagamento próximo de R$ 40 mil da deputada federal Carla Zambelli

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A polícia também investiga se o hacker se reuniu com pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano passado

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Walter Delgatti Neto na CPMI dos atos golpistas

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Walter Delgatti Neto na CPMI dos atos golpistas

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Depois, Henrique Vieira seguiu: “Quem pediu para o senhor assumir a autoria do suposto grampo contra o ministro Alexandre de Moraes? Quem te convidou para fazer propaganda eleitoral para sugerir ao povo uma suposta fraude no sistema eleitoral? Quem te encaminhou ao Ministério da Defesa para elaborar questionamentos ao TSE sobre o sistema de votação?”.

O deputado também questionou: “Quem te disse que, se o senhor cometesse um ilícito, seria perdoado e receberia um indulto? Quem te deu carta branca para agir até mesmo na ilegalidade?”. Delgatti respondeu “presidente Bolsonaro” para todas as perguntas.

Veja:

 

Tentamos entrar em contato com o advogado e ex-ministro Fabio Wajngarten, assessor de Bolsonaro, mas ele não atendeu às ligações nem visualizou as mensagens.

Entenda

Em depoimento à CPMI, Delgatti afirmou que Bolsonaro pediu para ele criar um “código-fonte fake” e simular falhas em uma urna eletrônica. A ação seria feita durante um ato em 7 de setembro, no ano passado.

O hacker também afirmou que Bolsonaro ofereceu um indulto caso Delgatti fosse incriminado pelo crime. Além disso, o ex-presidente teria mencionado um grampo contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que estaria sob posse do governo. Bolsonaro também teria pedido que Delgatti assumisse a autoria do grampo.

Investigações

A oitiva na CPMI ocorre um dia após o depoimento de Delgatti à Polícia Federal (PF). O hacker é investigado pela suposta inserção de dados falsos sobre o ministro Alexandre de Moraes, do STF, no Banco Nacional de Mandados de Prisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Investigações apontam que Delgatti teria sido contratado pela deputada federal Zambelli, ligada ao ex-presidente, para prestar os serviços, que teriam o objetivo de beneficiar Bolsonaro durante as eleições de 2022.

A parlamentar também teria articulado um encontro entre o então presidente e o hacker, em agosto do ano passado. Na ocasião, Bolsonaro o teria questionado sobre a possibilidade de violar as urnas eletrônicas.

Além de confirmar essas versões, já apresentadas anteriormente, o hacker subiu a temperatura da fervura para Zambelli. Ele apresentou à PF cópia de uma conversa com assessores da deputada federal em que fica comprovado o pagamento em torno de R$ 40 mil a Delgatti.

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