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Após convocação ao Senado, Queiroga nega atraso na vacinação infantil

“Não há demora nenhuma”, afirmou o ministro da Saúde sobre a imunização de crianças contra a Covid-19

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Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fala com a imprensa antes da coletiva de imprensa sobre o anuncio da medida de cooperação humanitária internacional 2
1 de 1 Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fala com a imprensa antes da coletiva de imprensa sobre o anuncio da medida de cooperação humanitária internacional 2 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta terça-feira (8/2), que não houve atraso na vacinação de crianças contra a Covid-19. A declaração foi dada um dia após a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal convocar o gestor para prestar depoimento sobre o assunto.

O requerimento foi aprovado na segunda-feira (7/2) pelo colegiado da comissão e é de autoria do líder da oposição, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

O pedido refere-se aos impasses para o início da vacinação de crianças de 5 a 11 anos de idade contra a Covid, autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro de 2021.

Antes de incluir o público infantil no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid (PNO), o governo federal realizou audiência pública para discutir o assunto. Além disso, em diversas ocasiões, o presidente Jair Bolsonaro (PL) questionou a segurança dos imunizantes para crianças.

Nesta manhã, Queiroga afirmou que não houve “demora nenhuma” na vacinação das crianças. O ministro ressaltou que todos os imunizantes foram entregues aos estados e municípios pelo governo federal.

“Não há demora nenhuma, as vacinas chegaram de maneira tempestiva. Desafio qualquer um a provar que Pfizer entregaria uma dose de vacina antes do prazo que entreguei. […] A audiência pública foi realizada de forma transparente, transmitida pela EBC, o canal oficial do governo federal, para que todos os brasileiros pudessem assistir. A posição do governo foi clara no sentido de ofertar as vacinas para os pais. É um direito dos pais vacinarem os seus filhos”, defendeu o ministro.

Queiroga afirmou que o debate sobre o atraso da vacinação infantil é uma “estratégia errada”. O cardiologista pontuou que a aplicação da terceira dose é mais importante que a discussão sobre o início da vacinação de crianças.

“Pra você conter essa pandemia é muito mais importante avançar na terceira dose de que ficar nesse ‘nhenhenhe’ de vocês aqui, que a gente tá atrasando dose de vacina. Aliás, uma estratégia muito errada, porque o povo brasileiro sabe que nós não estamos atrasando a vacina”, reiterou.

Covid-19: o que você precisa observar na hora de vacinar o seu filho

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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
Apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina
Segundo a Anvisa a grande maioria dos eventos adversos pós-vacinação é decorrente da administração do produto errado à faixa etária, da dose inadequada e da preparação errônea do produto
A vacina infantil vem em uma embalagem de cor laranja, diferente da versão para maiores de 12 anos, que é roxa. A seringa utilizada é a de 1ml, e o volume aplicado deve ser de 0,2ml
A identificação correta das doses para crianças de 5 a 11 anos é uma obrigação das autoridades públicas, que devem garantir ainda um treinamento eficiente para toda a equipe responsável
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Pais devem ficar atentos para evitar erros na aplicação do imunizante nos pequenos, já que eles têm uma dinâmica própria

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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos

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Apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina

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Segundo a Anvisa a grande maioria dos eventos adversos pós-vacinação é decorrente da administração do produto errado à faixa etária, da dose inadequada e da preparação errônea do produto

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A vacina infantil vem em uma embalagem de cor laranja, diferente da versão para maiores de 12 anos, que é roxa. A seringa utilizada é a de 1ml, e o volume aplicado deve ser de 0,2ml

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A identificação correta das doses para crianças de 5 a 11 anos é uma obrigação das autoridades públicas, que devem garantir ainda um treinamento eficiente para toda a equipe responsável

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De acordo com a Pfizer, a quantidade aplicada nas crianças foi cuidadosamente selecionada com base em dados de segurança e imunogenicidade

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Os estudos clínicos da farmacêutica indicaram menor possibilidade de reações adversas no uso de doses menores. As respostas imunológicas também se mostraram mais eficientes porque as crianças, normalmente, têm resposta imune mais robusta

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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave

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Após a conversa com a imprensa na sede do Ministério da Saúde, Queiroga fez uma série de publicações frisando que é falso afirmar que houve atraso na vacinação.

“Afirmar que o governo federal atrasou a vacinação infantil é falso. Quem insiste em outra versão está mentindo apenas para criar narrativas e prejudicar o Brasil”, escreveu.

Convocação ao Senado

Autor do requerimento, Randolfe afirma que “beira o absurdo” a relutância do Executivo em vacinar as crianças logo após a aprovação do uso pediátrico da vacina Pfizer pela Anvisa. Na avaliação do parlamentar, o combate à pandemia no país foi prejudicado pela “irresponsabilidade de autoridades negacionistas”.

“Queiroga vai ter que explicar o atraso de um mês na vacinação das crianças e as consequências trágicas que isso trouxe ao Brasil”, enfatizou o senador.

O presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, também foi chamado para prestar esclarecimentos sobre o assunto à CDH. Os depoimentos ainda não foram marcados.

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