Após condenação de Bolsonaro, PL reúne bancadas para “mostrar união”
Reunião ocorre dias após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenar Jair Bolsonaro à inelegibilidade por oito anos
atualizado
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O Partido Liberal (PL) reúne, na quinta-feira (6/7), deputados federais e estaduais, senadores, governadores e presidentes regionais para debater prioridades da sigla e “reafirmar a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro”.
O encontro ocorre na sede nacional do partido, em Brasília, a partir das 9h. De acordo com o PL, o evento contará com participação de Bolsonaro, presidente de honra da sigla, e de Walter Braga Netto, secretário nacional de Relações Institucionais da legenda.
Além de Bolonaro e Braga Netto, participarão do encontro os governadores Cláudio Castro (PL-RJ), e Jorginho Mello (PL-SC).
A reunião ocorre dias após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenar Jair Bolsonaro à inelegibilidade por oito anos. Braga Netto também foi julgado pela Corte Eleitoral, mas acabou absolvido (leia mais abaixo).
Presidida por Valdemar Costa Neto, a legenda pretende manter a meta de conquistar mais de mil prefeituras no próximo pleito municipal. Em 2020, a sigla elegeu 345 prefeitos.
Nos últimos dias, Bolsonaro e nomes ligados ao PL têm debatido sobre os próximos passos tomados pela legenda a partir de agora.
“A reunião é também para reiterar a importância do papel dos dirigentes para o crescimento do PL, além de unir mais apoio e discutir a atuação da legenda para fortalecer as prioridades e seguir trabalhando pelos interesses do Brasil”, informou a legenda, em nota.
Inelegibilidade de Bolsonaro
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou, na última sexta-feira (30/6), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à inelegibilidade até 2030 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em uma reunião com embaixadores, em julho de 2022.
Na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) julgada, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) acusou Bolsonaro de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião do então presidente com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada.
O relator do caso, Benedito Gonçalves, e os ministros Floriano Marques, André Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes se posicionaram pela condenação de Bolsonaro por 8 anos e absolvição de Walter Braga Netto.
Já os ministros Raul Araújo e Nunes Marques votaram para rejeitar a ação do PDT. São quatro votos a dois pela condenação de Bolsonaro. A decisão impede o ex-mandatário da República de concorrer às eleições de 2024, 2026, 2028 e 2030.