Após ciclone, missionários goianos fazem corrente humana para voltar ao Brasil
Missionários e voluntários participaram de corrente humana para chegarem até o aeroporto. Grupo deve chegar a Goiânia nesta sexta-feira, 17
atualizado
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Goiânia – O grupo de missionários goianos que ficou ilhado em Moçambique após a passagem do ciclone Freddy, considerado o mais duradouro da história, já está a caminho do Brasil. Os pastores estavam em Morrumbala, distrito da província da Zambézia, onde o cenário era de catástrofe.
Por meio das redes sociais, o pastor Rinaldo Silva, que lidera o grupo, compartilhou vídeos e imagens dos momentos difíceis que passaram. Com a ajuda de voluntários, os missionários participaram de uma corrente humana para conseguirem chegar até o aeroporto, em um trajeto que durou cerca de 37 horas.
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Pelas imagens é possível ver que o grupo teve que atravessar rios, além de passar por cidades que ficaram destruídas após o ciclone, que deixou mais de 100 mortos no país. Eles tiveram a ajuda do Exército.
O grupo estava em missão social desde 7 de março e voltaria para o Brasil na terça-feira (13/3). De acordo com os religiosos, eles passaram dias sem água, comida, energia elétrica. Milhares de pessoas estão desabrigadas ou desalojadas.
Ciclone Freddy
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), da Organização das Nações Unidas (ONU), o ciclone Freddy se tornou o mais duradouro da história do país.
O fenômeno formou-se entre a Austrália Ocidental e a Indonésia no início de fevereiro. A tempestade passou pelo sul do continente africano no dia 21, ao atingir Madagascar. A primeira chegada a Moçambique foi em 24 de fevereiro. Após cruzar o Canal de Moçambique por três vezes, Freddy assola o país pela segunda vez.
De acordo com os missionários, há chuvas intensas e ventos fortes.