metropoles.com

Após chacina em presídio, Governo de Goiás convoca 700 carcereiros

Eles devem se apresentar imediatamente para o curso de formação e estarão aptos ao trabalho em 15 dias

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
ala
1 de 1 ala - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Depois da rebelião que deixou nove mortos e 14 feridos na Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia (GO), o Governo de Goiás publicou, nesta quarta-feira (3/1), no Diário Oficial do Estado, a homologação do edital e o chamamento de 1,6 mil vigilantes penitenciários temporários (VPT) do processo seletivo realizado em 2016.

Desses, 700 devem se apresentar imediatamente. Eles foram chamados a tomar posse e fazer o curso de formação profissional, que tem duração de 15 dias. Assim, a expectativa do governo local é que os novos trabalhadores comecem a trabalhar até o fim deste mês.

O processo seletivo foi realizado há dois anos e estava suspenso pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), contudo, a decisão foi revogada dois dias antes da rebelião. Ao todo, 3.579 pessoas estão aptas a ser contratadas para o cargo de vigilante penitenciário temporário pelo período de 12 meses.

Este é considerado o primeiro ato do pacote de medidas emergenciais anunciado pelo governador Marconi Perillo (PSDB) após o motim. No momento da briga, apenas cinco servidores faziam a guarda dos 768 detentos. A recomendação do Ministério da Justiça é de que se tenha um agente para cada cinco presos. Na unidade havia um para cada 153.

Nesta manhã de quarta-feira (3/2), após determinação da ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o complexo foi vistoriado. A Secretaria de Segurança goiana informou que os representantes do Tribunal de Justiça de Goiás produzirão um relatório em até 15 dias e o enviarão para a presidente do STF.

Entenda a rebelião
Segundo a administração do presídio e familiares dos detentos, tudo começou no início da tarde de segunda-feira (1º/1), quando presos do regime semiaberto, que estavam na ala C, invadiram as alas A, B e D. O motivo da rebelião, de acordo com o governo do estado, é a já costumeira guerra entre grupos rivais. No entanto, parentes denunciaram que a falta d’água no complexo prisional culminou na revolta.

A rebelião em Aparecida de Goiânia ocorreu há exatamente um ano depois das chacinas nos presídios de Manaus (AM). Entre 1º e 14 de janeiro de 2017, 123 homens foram mortos de maneira brutal dentro das penitenciárias do estado e também em prisões de Boa Vista (RR) e Natal (RN).

Também no primeiro dia do ano de 2018, o estado registrou inícios de rebeliões em outras duas cidades do estado: Santa Helena e Rio Verde. Durante entrevista, o superintendente executivo de Administração Penitenciária de Goiás, tenente-coronel Newton Castilho, afirmou que os três fatos não têm qualquer relação. “Não foi estabelecido nenhum tipo de ligação entre as rebeliões ocorridas neste início do ano”.

Castilho ainda admitiu o receio de que problemas desta natureza ocorram em outras unidades prisionais de Goiás, inclusive na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG). O local é o principal complexo do estado e para onde a maioria dos detentos de Aparecida de Goiânia foi levada.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?