Após caso João Beto, Carrefour anuncia fundo para inclusão social de negros
“Este movimento é o primeiro passo da empresa para que o combate ao preconceito e racismo estrutural”, diz Noel Prioux, CEO da empresa
atualizado
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Após o episódio do brutal assassinato de João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, em um supermercado Carrefour em Porto Alegre (RS), após ser agredido por seguranças do local, o Grupo Carrefour Brasil decidiu promover “ações afirmativas para a inclusão social e econômica de negros e negras na sociedade”.
Nesta segunda-feira (23/11), a empresa anunciou a criação de um fundo que inicialmente disporá de R$ 25 milhões. O valor é adicional a outra medida a ser tomada pelo grupo: reverter pra o fundo todo o resultado das vendas realizadas em todos os hipermercados da rede no país no dia 20 de novembro.
“Sabemos que não podemos reparar a perda da vida do senhor João Alberto. Este movimento é o primeiro passo da empresa para que o combate ao preconceito e racismo estrutural, que é urgente no Brasil, ganhe ainda mais força e apoio da sociedade. Acreditamos que poderemos evoluir e contribuir para a construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária”, afirma Noel Prioux, CEO do Grupo Carrefour Brasil.
Públicos minorizados
A empresa ainda ressalta que vem se reunindo com entidades representativas da causa e com especialistas que atuam no combate ao rascismo, “visando compreender e aprender sobre como atuar de forma concreta na luta contra todo e qualquer tipo de discriminação, que inclui também outros públicos minorizados”.
Também segundo o Carrefour, a partir das reivindicações a empresa anunciará, nesta quarta-feira (25/11), os compromissos e o plano de ação do trabalho, que nortearão este fundo.
“As iniciativas compreenderão ações internas e projetos de âmbito externo, visando promover ações que envolvam seus milhares de colaboradores e também seus públicos externos”.