Após cancelar entrevista, Lula evita falar sobre operação da PF no G20
Presidente falou desigualdade que existe na saúde e se colocou à disposição da OMS para arrecadar fundos para a instituição
atualizado
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Após cancelar uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (19/11). o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, evitou polêmicas em um pronunciamento ao lado da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do presidente da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom.
Mais cedo, a Polícia Federal deflagrou uma operação para desarticular um grupo de militares de elite, os “kids preto”, que teria planejado um golpe de Estado e o assassinato de Lula, do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A fala de Lula foi feita ainda no G20, após breves discursos da ministra e do presidente da OMS. Ele comentou as dificuldades que a comunidade dele passava no Nordeste, quando ainda jovem, sem acesso a serviços básicos de saúde. “Por falta de dentista e falta de dinheiro, a gente frequentava benzedor”, relatou.
Lula perguntou sobre o orçamento da OMS, ao que Adhanom respondeu ser de US$ 2,5 bilhões. Então, o presidente disse que o valor é muito menor do que os US$ 2,4 trilhões que se gasta para “acabar com vidas”, referindo-se às guerras, e fez questão de dizer que será um “soldado” da OMS para arrecadar dinheiro para salvar vidas.
“Sou um soldado nessa luta, para que a gente possa arrecadar o dinheiro suficente para que a OMS possa cumprir com a sua função’, frisou. Para Lula, os líderes globais não provêm recursos financeiros suficientes para a saúde, sobretudo para os pobres, porque não conhecem as dificuldades deles. “Vou cobrar dos líderes do G20 que eles continuem contribuindo com a OMS.”