Após bronca de Lula, Haddad “comemora” ter esquecido seus livros em SP
Haddad disse que poderia comparecer a reunião de líderes da Câmara para debater a agenda econômica
atualizado
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou, nesta segunda-feira (22/4), que pretende participar de reunião de líderes da Câmara na terça-feira (23/4).
No encontro, será abordada a agenda econômica em tramitação no Congresso. A declaração do chefe da Economia acontece após o presidente pedir para que ele deixasse de ler livros e começasse a se articular com parlamentares.
“Eu quero ir. Eu vou avisar lá, ao menos que haja alguma objeção. Deixei meus livros em São Paulo e estou liberado”, brincou Haddad ao ser questionado sobre a participação no almoço.
O presidente Lula também cobrou que outros ministros participem da articulação com o Congresso, em meio à crise entre o Executivo e o Legislativo. A tensão aumentou depois que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), chamou Padilha de “incompetente” e “desafeto pessoal”.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), também foi cobrado pelo presidente Lula, que pediu mais agilidade.
“Isso significa que o Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad, ao invés de ler um livro, tem que perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington [Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social], o Rui Costa [ministro da Casa Civil], passar maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B”, pontuou Lula.
As declarações do petista ocorreram durante cerimônia no Planalto para o lançamento de programa para concessão de crédito para empresários e inscritos no CadÚnico.
Pautas-bomba
Depois das fortes críticas ao ministro das Relações Institucionais, Arthur Lira passou a se articular na Câmara dos Deputados para votação de pautas-bomba para o governo federal e aliados.
O presidente da Câmara planeja a instalação de cinco comissões parlamentares de inquérito (CPIs), criação de um grupo de trabalho e votação de propostas importantes para a base aliada de Lula, como punição para membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) que invadiram propriedades.