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Após beijar namorado, secretário do Senado é expulso de táxi

Nas redes sociais, o psicólogo afirmou ainda que foi agredido por policial militar após o ocorrido. Ele registrou o caso em uma delegacia

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1 de 1 vitima-homofobia - Foto: Reprodução/Instagram

O secretário parlamentar Eliseu Neto afirmou neste domingo (05/01/2020) que foi expulso de um táxi por um motorista de aplicativo de transporte após beijar o namorado em Recife. Além disso, o psicólogo e ativista disse que teria sido agredido pela Polícia Militar “de forma surreal” após ser visto com seu companheiro.

No Twitter, o funcionário do Senado Federal, que trabalhou no projeto para transformar a LGBTfobia em crime análogo ao racismo, contou que estava dentro de um veículo do 99 Táxi quando o motorista mandou que descessem, porque não queria que “aquilo” ocorresse dentro do carro.

“Quando eu fui tirar foto da placa do carro para reportar ao aplicativo/empresa, o motorista disse que chamaria a polícia, pois havia uma viatura em frente [ao local].  De forma surreal, o policial chegou já agressivo”, escreveu.

O secretário parlamentar relatou que pediu ao policial que se acalmasse e se identificasse. Segundo ele, “a resposta foi um empurrão”. “Levantei e disse que ele não poderia tratar ninguém daquela forma. Fui empurrado novamente. Foi uma cena surreal”, afirmou.

Eliseu Neto criticou ainda o sistema eletrônico da Polícia Civil do estado que, de acordo com ele, não tem o item “agressão”. “É um tremendo absurdo. Eu irei tranquilamente na delegacia segunda, junto com um promotor, com deputado federal, com mil pessoas. Eu quero saber do LGBT de periferia, que corre risco de ser humilhado por um delegado, quando for denunciar  outro policial”.

Em nota, a 99 Táxi afirmou que repudia veemente qualquer tipo de discriminação na plataforma e que uma equipe especializada está em contato com a vítima e seu namorado para oferecer “todo apoio e acolhimento necessários”. A empresa disse ainda que está disponível para colaborar com as investigações da polícia acerca do ocorrido.

Leia a nota na íntegra:

A 99 recebeu, por meio das redes sociais, o relato grave do passageiro Eliseu Neto, que teve sua corrida negada por um motorista da plataforma. Assim que soubemos dessa triste notícia, banimos imediatamente o motorista da plataforma. Uma equipe especializada está em contato com a vítima e seu namorado para oferecer todo o apoio e acolhimento necessários. A companhia está disponível para colaborar com as investigações da polícia.

A empresa esclarece ainda que repudia veemente qualquer tipo de discriminação na plataforma e tem uma política de tolerância zero em relação a isso. Em seus termos de uso, a empresa ressalta que motoristas não podem discriminar ou selecionar passageiros por quaisquer motivos.

A 99 orienta e sensibiliza os condutores a atenderem todos os passageiros com respeito. Por isso, investimos continuamente em educação. Realizamos também periodicamente, nos 35 centros presenciais de atendimento (Casas99) distribuídas pelo país, rodas de conversas para orientar motoristas a terem uma postura de gentileza, boa fé e profissionalismo com todos.

Além disso, estamos implementamos cursos online e presenciais abertos a 100% dos motoristas com foco em diversidade e cidadania. O conteúdo foi feito por uma plataforma especializada em educação digital com a curadoria de especialistas no assunto. Estão disponíveis os módulos sobre combate à LGBTQfobia, por exemplo.

Nosso objetivo atual é continuar trabalhando para evitar situações como essas. Isso é feito por meio de uma equipe especializada em segurança da 99, formada por mais de 150 profissionais, que trabalham 24 horas por dia, 7 dias por semana, acompanhando diariamente a avaliação de qualidade do condutores. Eles promovem todas as medidas cabíveis em casos como esse — que incluem o bloqueio do perfil do agressor e o atendimento humanizado à vítima.

Passageiros e motoristas que tenham sofrido qualquer forma de discriminação devem reportar imediatamente para a empresa, por meio de seu app, ou no telefone 0800-888-8999, para que o acolhimento e suporte necessários sejam oferecidos, além das medidas corretivas e colaboração com a investigação da polícia. Trabalhamos 24 horas por dia, 7 dias por semana, para cuidar exclusivamente da proteção dos usuários, sejam eles motoristas ou passageiros.

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