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Após Battisti confessar crimes, Bolsonaro afirma: “Herói da esquerda”

O presidente usou as redes sociais para comentar a notícia de que o italiano admitiu a participação em quatro homicídios

atualizado

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cesare battisti
1 de 1 cesare battisti - Foto: Ansa/Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) comentou nas redes sociais a confissão de Cesare Battisti sobre a participação em quatro homicídios. Segundo ele, o ex-integrante do grupo terrorista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) é “herói da esquerda, que vivia em colônia de férias no Brasil proporcionada pelo governo do PT e suas linhas auxiliares”.

Bolsonaro disse ter denunciado por anos a proteção conferida a Battisti no país e que, durante as eleições, prometeu mandá-lo de volta à Itália. “A nova posição do Brasil é um recado ao mundo: não seremos mais o paraíso de bandidos!”, completou.

O chefe do Executivo também compartilhou uma foto em que o criminoso confesso aparece ao lado de políticos brasileiros, como Chico Alencar (PSol), Ivan Valente (PSol), Eduardo Suplicy (PT) e Luiz Couto (PT).

Battisti admitiu, pela primeira vez, que participou dos quatro homicídios pelos quais foi condenado à prisão perpétua. A declaração teria sido feita a Alberto Nobili, coordenador do órgão antiterrorismo do Ministério Público de Milão.

“Eu falo apenas de minhas responsabilidades, não delatarei ninguém. Estou ciente do mal que fiz e peço desculpas aos familiares [das vítimas]”, disse Battisti.

Entenda o caso
o ex-integrante do grupo terrorista Proletários Armados pelo Comunismo foi condenado por terrorismo e participação em quatro assassinatos, que teriam sido cometidos na década de 1970.

Uma das vítimas seria um marechal da polícia penitenciária, Antonio Santoro. De acordo com o promotor Nobili, ele foi abordado na saída da prisão e baleado. Battisti também confessou a participação em um duplo homicídio. O joalheiro Pierluigi Torregiani e o açogueiro Lino Sabbadin foram assassinados por terem matado ladrões em tentativas de roubo.

Antes de ser preso, na Bolívia, Battisti passou cerca de 40 anos foragido. Ele viveu alguns anos no Brasil depois de conseguir refúgio com Tarso Genro, na época ministro da Justiça. Ele estava em Cananeia (SP), onde teve um filho.

Em dezembro do ano passado, o ex-presidente Michel Temer ordenou a extradição de Battisti para a Itália. O criminoso confesso então fugiu para a Bolívia, onde foi preso pouco tempo depois. (Com agências)

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