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Após bate-boca em comissão da Câmara, PSol sai em defesa de Marielle

Deputado Éder Mauro comparou o assassinato de Marielle Franco ao ataque terrorista do Hamas em Israel

atualizado

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Mario Agra / Câmara dos Deputados
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1 de 1 imagem colorida mostra deputada talíria petrone - Metrópoles - Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados

O Partido Socialismo e Liberdade (PSol) se manifestou, nesta quinta-feira (14/3), em defesa da memória da vereadora Marielle Franco, assassinada há seis anos. O pronunciamento foi publicado um dia depois de bate-boca na Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados.

A discussão fez que a sessão do colegiado fosse encerrada mais cedo. O confronto foi entre a deputada Talíria Petrone (PSol-RJ) e os deputados Gilvan da Federal (PL-ES) e Delegado Éder Mauro (PL-PA).

“Seguiremos ocupando todos os espaços em memória de Marielle Franco!”, publicou o perfil do partido nas redes sociais. “Toda a nossa solidariedade à Talíria Petrone e às demais parlamentares desrespeitadas ontem na Comissão de Direitos Humanos na Câmara por aqueles que não suportam ver mulheres negras pautando a política nacional.”

Os ânimos se exaltaram durante a fala de Mauro, que comparou as reações ao assassinato da vereadora Marielle Franco ao ataque do Hamas contra Israel.

“Eu não vejo nenhuma dessas deputadas feministas que defendem bandido se manifestarem em favor das mulheres [de Israel]. Mas se fosse Marielle Franco, tenha certeza de que elas estariam até hoje…” Nesse momento, o deputado é interrompido por vaias.

Logo em seguida começa uma discussão entre Talíria e Gilvan e a sessão é encerrada. Vídeos gravados de dentro do plenário mostram que a confusão continuou.

A presidente da comissão, deputada Daiana Santos (PCdoB-RS) classificou o episódio como “violência política de gênero”. “Hoje, a extrema-direita intolerante reproduziu a forma mais pura de violência política de gênero”, afirmou.

O deputado Pastor Henrique Vieira acusou parlamentares bolsonaristas de tumultuarem o debate. “Tentaram interromper e acuar a companheira Talíria Petrone, impediram minha fala e implodiram a reunião, gritando frases como ‘Marielle acabou’ e ‘é só falar na porr* da Marielle que dá nisso [discussão]’”, reclamou o deputado.

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