Após atos de vandalismo, Lula acusa Bolsonaro de “estimular fascistas”
Lula afirmou que a recusa de Bolsonaro em reconhecer resultado da eleição incentiva manifestações violentas como a registrada nessa segunda
atualizado
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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (13/12) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) segue incentivando “os ativistas fascistas que estão na rua”. A declaração é feita um dia após a tentativa de manifestantes bolsonaristas invadirem a sede da Polícia Federal (PF), em Brasília.
“Esse cidadão continua negando o resultado das eleições. Continua incentivando gente a negar. Ele segue o rito que todos os fascistas seguem no mundo”, disse o petista, comparando a postura do presidente com a de grupos de extrema direita na Europa e nos Estados Unidos.
“É importante a gente saber que eles fazem parte de uma organização de extrema direita que não existe só no Brasil. Existe na Espanha, na Itália, na França, nos EUA, que têm como líder o presidente Trump, existe na Hungria e em vários outros países do mundo, até mesmo na Argentina”, continuou.
Lula seguiu o discurso criticando Bolsonaro por não ter reconhecido publicamente o resultado das eleições até o momento. Segundo o presidente eleito, a conduta serve como incentivo aos protestos nas ruas.
“Esse cidadão até agora não reconheceu a sua derrota, continua incentivando os ativistas fascistas que estão na rua se movimentando”, criticou. “Ontem ele recebeu esse pessoal no Palácio da Alvorada, não sei qual foi o estrago que foi feito. Ele tem que saber que aquilo é um patrimônio público, não é dele, não é da mulher dele, não é do partido dele. Aquilo é do povo brasileiro que a gente tem que tratar com um carinho excepcional.”
A fala de Lula deu continuidade às críticas feitas a Bolsonaro durante a cerimônia de diplomação, nessa segunda-feira (12/12). Na ocasião, o petista declarou que “inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja confiabilidade é reconhecida em todo o mundo. Criaram obstáculos de última hora para que eleitores fossem impedidos de chegar a seus locais de votação”, referindo-se ao atual presidente.