Após acidente com mortes na BA, piloto de lancha tem prisão decretada
Piloto vai responder pelo crime de expor a perigo embarcação própria ou alheia, com o agravante de morte e lesão corporal
atualizado
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Após o acidente que provocou a morte de duas pessoas na ilha de Boipeba, no sul baiano, o piloto da lancha que colidiu contra outra embarcação teve a prisão preventiva decretada nessa terça-feria (2/1). Identificado como Aldir do Rosário Amor Divino, o homem estava preso em flagrante desde o dia do acidente, na última sexta-feira (29/12).
De acordo com o delegado José Raimundo Nery Pinto, o homem será transferido para o Presídio de Valença ainda nesta quarta-feira (3/1).
Ele deve responder pelos crimes de expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea; com pena de 4 a 12 anos pelo agravante de ter resultado em submersão da lancha e ainda pelo crime doloso de perigo comum com resultado de lesão corporal de natureza grave, cuja pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro.
Acidente grave
A colisão que matou o alagoano Mário André Machado Cabral, de 34 anos, e a goiana Larissa Fanny Galantini Pires, 35, aconteceu no trecho conhecido como “Rio do Inferno”. O condutor da outra lancha chegou a ficar em estado grave, mas recebeu alta médica no sábado (30/12).
De acordo com o delegado, após o acidente, Aldir prestou socorro às vítimas, mas evadiu do local.
Passageiros também afirmaram ter visto o homem ingerindo bebida alcoólica durante o passeio, contudo, o teste de etilômetro (bafômetro) ao qual ele foi submetido não detectou presença de álcool.
Para Nery Pinto, isso provavelmente se deve ao intervalo de tempo entre o acidente, ocorrido por volta das 15h, e o exame, realizado em torno de 23h pela Marinha.
Caso seja comprovado que o homem fazia uso de álcool durante o trabalho, ele será tratado como reincidente. Isso porque, meses atrás, Aldir se envolveu em outro acidente após pilotar lancha ingerindo bebida alcoólica.
Na ocasião, uma pessoa se lesionou levemente. Diante disso, o delegado Ney Pinto avaliou o condutor como “uma pessoa contumaz” neste tipo delito.