Após ação de Boulos, Covas afirma que seu secretário agiu por “militância”
Segundo o PSol, Bruno Caetano estaria usando cargo e recursos da Prefeitura de São Paulo para fazer campanha a favor de candidato tucano
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – O prefeito e candidato à reeleição em São Paulo, Bruno Covas (PSDB), defendeu nesta terça-feira (24/11), a atuação do secretário da Educação, Bruno Caetano, em sua campanha eleitoral. Nessa segunda-feira (23/11), a equipe jurídica do adversário Guilherme Boulos (PSol) pediu à Justiça Eleitoral uma investigação das condutas de Caetano e Mirtes da Silva, diretora regional de Educação da subprefeitura de São Mateus, que, segundo advogados do partido, estariam se valendo de seus cargos e dos recursos da prefeitura para fazer campanha a favor de Covas.
Para o prefeito, Caetano agiu por “militância”. “O Bruno Caetano tem total liberdade. Após as 17h, ele é um militante”, afirmou Covas. “O programa de governo do Boulos diz que vai revisitar os contratos, reverter os contratos conveniados aqui na cidade de São Paulo”, acrescentou o prefeito .
Boulos tem declarado que pretende revogar gradativamente o modelo de creche-convênio entre Prefeitura de São Paulo e pessoas jurídicas. O modelo vem sendo criticado após denúncias de superfaturamento de aluguéis de creches.
Segundo a vice de Boulos na chapa, Luiza Erundina, “o secretário de Educação e a professora Mirtes da Silva estão fazendo uma campanha difamatória dizendo que um eventual governo nosso vai demitir professores e trabalhadores da rede pública de creches e escolas. Isso é mentira. É um uso indevido e criminoso de cargos públicos e da prefeitura a favor do candidato Bruno Covas”.
Em nota sobre ação do PSol, a campanha de Covas diz que bateu o desespero em Boulos. “Acreditamos que tenha batido o desespero na campanha do candidato do PSol, já que ele terá que explicar o inexplicável. O que importa aqui são as propostas para a Educação e o futuro das crianças de São Paulo. Basta ir lá, na página 18 de seu programa de governo e ler com clareza que o candidato quer reverter o processo de convênios na educação”, diz a nota.
“Achamos que ele nem sabe que os convênios em São Paulo existem apenas no ensino infantil para ampliar as vagas em creches. Agora cria uma verdadeira cortina de fumaça, usando a Justiça Eleitoral para espalhar fake news. Quem tem que dar explicações para os cidadãos de São Paulo é o candidato do PSol”, completa.
O prefeito também voltou a defender o seu vice Ricardo Nunes (MDB). “Não há nenhuma denúncia envolvendo o Ricardo Nunes. É lastimável que queiram macular a imagem dele às vésperas das eleições. Eu boto minha mão no fogo, é uma pessoa preparada para os próximos quatro anos de gestão”.
Polícia Militar
Covas participou na noite desta terça de um evento organizado pela Federação das Entidades Representativas dos Militares do Estado de São Paulo (Fermesp). “No próximo domingo as pessoas vão escolher que projeto elas querem para a cidade. A nossa cartilha é do diálogo, respeito à ordem e decisões judiciais”, disse.
“De certa forma, a atividade policial se assemelha à atividade política, porque para ser policial e político, tem que se doar. É uma doação em tempo integral”, observou Covas. “Fico imaginando uma semana em São Paulo sem Polícia Militar. A gente não tem ideia de como essa instituição faz diferença na cidade”, acrescentou.