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Energia começa a ser religada no Amapá após quatro dias de apagão

A solução só foi possível com a conclusão de reparos em um dos transformadores da Subestação Macapá. Mais de 780 mil pessoas estavam sem luz

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GABRIEL PENHA/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Vista do apagão que assola há mais de 48h em Macapá e também em 13 dos 16 municípios do estado do Amapá, na noite desta quinta-feira (5). Por conta do desabastecimento de energia, o prefeito de Macapá, Clécio Luís, decretou no final da tarde estado de calamidade pública na capital por 30 dias. O apagão foi resultado de um incêndio em uma subestação de energia na capital na noite de terça-feira (3).
1 de 1 Vista do apagão que assola há mais de 48h em Macapá e também em 13 dos 16 municípios do estado do Amapá, na noite desta quinta-feira (5). Por conta do desabastecimento de energia, o prefeito de Macapá, Clécio Luís, decretou no final da tarde estado de calamidade pública na capital por 30 dias. O apagão foi resultado de um incêndio em uma subestação de energia na capital na noite de terça-feira (3). - Foto: GABRIEL PENHA/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O Ministério de Minas e Energia confirmou neste sábado (7/11) que conseguiu reconectar o sistema elétrico de Macapá (AP) à rede de Transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN). Com isso, teve o início gradativo do atendimento aos consumidores.

A solução só foi possível após a conclusão de reparos em um dos transformadores da Subestação Macapá (230/69 kV), segundo a pasta. Desde terça-feira (3/11), 13 cidades, onde vivem 780 mil pessoas, sofrem com um blecaute.

“O processo de retorno do transformador à operação está sendo feito de forma escalonada, prezando pela segurança e confiabilidade do atendimento de energia elétrica aos consumidores”, destaca o ministério, em nota.

Por volta das 3h deste sábado, o transformador foi energizado, inicialmente sem carga. Às 4h19, as primeiras unidades foram atendidas. Após isso, outros dois conjuntos de moradores voltaram a receber eletricidade em suas casas.

“Já estão atendidos 80 MW de cargas, o que representa cerca de 33% da carga típica para o horário, sendo 40 MW pelo SIN e 40 MW pela UHE Coracy Nunes”, informa o Ministério de Minas e Energia.

O fornecimento de energia foi retomado em bairros da Zona Sul, Norte e região central de Macapá, e ainda em outras áreas do município de Santana. No entanto, a Zona Oeste da capital ainda segue sem energia. No Conjunto Macapaba, na Zona Norte, o serviço voltou no início da manhã, mas foi suspenso novamente.

Colapso

Com o apagão, supermercados perderam carnes e outros alimentos que necessitam de refrigeração. Caixas eletrônicos estão deligados. No aeroporto, local onde geradores fazem o abastecimento, os equipamentos estão sem cédulas.

O apagão foi resultado do incêndio em uma subestação de energia na capital na noite de terça-feira (3/11). Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as chamas provocaram um desligamento automático das linhas de transmissão no trecho Laranjal/Macapá, assim como das usinas hidrelétricas Coaracy Nunes e Ferreira Gomes.

A situação causou uma interrupção de 250 MW de carga, afetando o fornecimento de 13 dos 16 municípios. A situação não atinge apenas os municípios de Oiapoque, Laranjal do Jari e Vitória do Jari.

A situação é caótica de tal forma que o comércio não tem mais geradores de eletricidade para vender. Mesmo com a disponibilidade, Macapá e outras cidades não têm Diesel para alimentar o funcionamento do equipamentos.

 

Nas cidades afetadas pelo apagão, as pessoas estão “acampadas” na beira de rios pra tomar banho e se refrescar. Após quatro dias de colapso, o maior desespero é pela compra de gelo para conservar alimentos em casa.

As causas do incêndio estão sendo investigadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo ONS.

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