Após 1º turno, ala do MDB já traça estratégias para eleições de 2026

Uma semana depois do primeiro turno das eleições municipais, os partidos começam a se articular para o pleito nacional de 2026. O MDB, que neste ano perdeu para o PSD a liderança de sigla com maior número de prefeituras, já começa a traçar estratégias para a próxima campanha. Uma ala do partido quer definir o mais cedo possível como manter a bancada do Senado forte em 2027, já que em dois anos, dos 11 integrantes da bancada na Casa, 10 vão encerrar os mandatos.

O ex-presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (MDB-AL), que já é pré-candidato à reeleição ao Senado e deve ter uma disputa forte em 2026 com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em Alagoas, defende a criação de uma comissão interna no MDB para começar a definir os nomes que vão concorrer à Casa Alta na próxima eleição.

“Toda vez que o MDB cresceu, ele cresceu muito em função de estímulo, de organização, de conversas. Foco na base”, defende Renan.

O único senador do MDB que está com o mandato garantido até 2030 é o filho de Calheiros, Renan Filho (AL), eleito em 2022. Atualmente, ele é ministro dos Transportes do governo Lula. Quem ocupa o lugar dele no Senado é o suplente Fernando Farias, também do MDB.

No Senado, o mandato é diferente de outros cargos eletivos do país. São duas legislaturas com o cargo, totalizando oito anos de mandato.

Leia abaixo o nome dos congressistas do MDB que encerram seus mandatos em 2026 no Senado e precisam concorrer caso queiram seguir na Casa:

• Alessandro Vieira (SE);
• Confúcio Moura (RO);
• Eduardo Braga (AM);
• Fernando Dueire (PE);
• Giordano (SP);
• Jader Barbalho (PA);
• Marcelo Castro (PI);
• Renan Calheiros (AL);
• Veneziano Vital do Rêgo (PB).

Renan vê chance de “pulverização” de candidatos à Presidência

Ao comentar sobre como enxerga a próxima eleição presidencial, o senador Renan Calheiros diz que o resultado das urnas nas eleições de 2024, com o crescimento aos partidos de centro e centro-direita podem impulsionar uma “pulverização” de candidatos.

Ao exemplificar seu raciocínio, o senador citou a possibilidade de o PSD ter candidato, como o nome do governador do Paraná, Ratinho Júnior, de o União Brasil lançar o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e assim outros partidos também entrarem com seus nomes.

Na avaliação de Renan, essa eventual “pulverização” será mais focada no campo da direita, com mais candidatos.