Apex diz que mudança no estatuto não foi para beneficiar Viana: “Aprimorar governança”
O estatuto da Apex previa o inglês fluente como “requisito mínimo” para presidir a instituição, qualificação que Viana não tem
atualizado
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A Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex-Brasil) afirmou nesta sexta-feira (14/4) que a alteração no estatuto do órgão da empresa para manter o ex-senador Jorge Viana (PT-AC) na presidência buscou “aprimorar a governança da agência”.
“A alteração do estatuto em março de 2023, aprovada pelo Conselho de Administração da ApexBrasil, buscou aprimorar a governança da agência. As novas regras trataram de realinhar as funções e competências da diretoria e de todos os cargos, depois de graves e sucessivas crises ao longo dos últimos anos”, escreveu em nota a agência.
A mudança foi revelada pelo Estadão. A Apex é um órgão responsável por divulgar produtos brasileiros no exterior. O estatuto da Apex previa o inglês fluente como “requisito mínimo” para presidir a instituição. Mesmo sem a qualificação, no entanto, Viana chegou a passar três meses no cargo. Em 22 de março, o conselho deliberativo mudou o estatuto e deixou a fluência em inglês como atributo “preferencial”, e não mais “obrigatório”.
Segundo a Apex, entretanto, o estatuto foi “modificado arbitrariamente pelo chanceler Ernesto Araújo, à revelia do Conselho de Administração”.
“Isso permitiu o aparelhamento da agência com indicação de quadros estranhos à missão de promover os negócios do Brasil no exterior.”
A agência ainda destacou que o currículo de Viana é “um ganho para a imagem do Brasil no exterior”. A assessoria de Jorge Viana informou que ele fala inglês, mas não ao ponto de fazer um discurso. A assessoria também informou que a nomeação dele na Apex engrandece o órgão por conta da capacidade do ex-senador de diálogo e interlocução.