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Apesar de saudável, futuro do cavalo Caramelo segue incerto. Entenda

Desde que ele chegou ao hospital veterinário em Canoas (RS), em 9 de maio, diversas pessoas se apresentaram como tutoras do animal

atualizado

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Marcelo Eberhardt/Ulbra
cavalo caramelo
1 de 1 cavalo caramelo - Foto: Marcelo Eberhardt/Ulbra

O cavalo Caramelo, ícone da tragédia ambiental no Rio Grande do Sul, conseguiu recuperar o quadro de saúde, engordou 40 kg em dois meses e meio, após o resgate dramático de cima de um telhado ocorrido em 9 de maio, mas ainda segue com o destino incerto.

Desde que ele chegou ao Hospital Veterinário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas (RS), diversas pessoas entraram em contato apresentando-se como tutoras do animal, o que sugere que muitos podem estar mentindo. Além disso, outras pessoas se ofereceram para adotá-lo, inclusive celebridades.

Até o momento, no entanto, a instituição não definiu com quem ele ficará ou para onde será levado. Segundo os veterinários, que seguem atuando na recuperação do cavalo, a decisão final será da universidade.

“Todos os nomes e contatos de quem nos procurou foram repassados para a administração, que ficará a cargo de resolver a questão legal da posse”, diz o coordenador do curso de Medicina Veterinária da Ulbra, Jean Soares.

Esse procedimento é o mesmo que foi adotado para todos os animais sobreviventes que foram levados para o local. Com algumas espécies, no entanto, segundo o professor, o processo de liberação foi mais rápido e fácil.

“Para todos os animais, apareceram pessoas se dizendo donas. Com os cachorros, por exemplo, foi fácil de resolver isso, porque eles são mais de reagir e se atiravam nas pessoas, com saudade, e isso facilitava o reconhecimento. Já com cavalo, é diferente. Ele não esboça reação assim, facilmente, o que dificulta a comprovação”, exemplifica Soares.

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Ele segue no Hospital Veterinário da Ulbra, em Canoas (RS), mas com quadro de saúde estável
Animal ganhou 40 kg desde o dia 9 de maio deste ano
O cavalo Caramelo, hoje, dois meses e meio, após ser resgatado de cima do telhado, no Rio Grande do Sul
Cavalo Caramelo segue no Hospital Veterinário da Ulbra, em Canoas (RS)
Animal recebeu microchip para ser rastreado e acompanhado até o último dia de vida
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Cavalo tem cerca de 7 anos de idade e é considerado jovem

Marcelo Eberhardt/Ulbra
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Ele segue no Hospital Veterinário da Ulbra, em Canoas (RS), mas com quadro de saúde estável

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Animal ganhou 40 kg desde o dia 9 de maio deste ano

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O cavalo Caramelo, hoje, dois meses e meio, após ser resgatado de cima do telhado, no Rio Grande do Sul

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Cavalo Caramelo segue no Hospital Veterinário da Ulbra, em Canoas (RS)

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Animal recebeu microchip para ser rastreado e acompanhado até o último dia de vida

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Cavalo Caramelo foi resgatado de cima do telhado no dia 9 de maio

Record/Reprodução
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Animal estava visivelmente fraco, segundo equipes de resgate

Reprodução/TV Globo
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Animal passou ao menos quatro dias em telhado

Reprodução/TV Globo

Hospital se prontificou a ficar com Caramelo

Diante do impasse, o Hospital Veterinário da Ulbra já informou à direção da universidade que pode ficar com o Caramelo, mas a decisão final ainda não foi tomada. O local possui uma fazenda-escola, com espaço suficiente para incorporá-lo ao grupo de animais.

“Nosso trabalho é garantir a saúde e o futuro dele, que chegou aqui numa situação extrema e conseguiu sobreviver. Queremos que ele tenha a sorte de ter uma vida saudável, com conforto, e que seja bem cuidado”, diz Jean Soares.

Quando Caramelo foi resgatado, ele estava com quadro de desnutrição, desidratado e pesando cerca de 320 kg. Hoje, ele encontra-se saudável, próximo de superar os 360 kg e segue em observação pelos profissionais da Ulbra, enquanto o destino não é definido.

Cavalo será rastreado

Para manter o acompanhamento do animal, independentemente do futuro que será dado a ele, os veterinários implantaram um microchip para facilitar a identificação e o rastreio do Caramelo aonde quer que ele esteja. Jean Soares conta, inclusive, que o chip ficará atrelado ao CPF da pessoa que for escolhida como responsável pelo cavalo.

“Se ele ficar na Ulbra ou sair daqui, poderemos acompanhá-lo, independentemente da situação. O microchip ajuda, porque em caso de fuga, acidente ou qualquer outra coisa, será fácil rastreá-lo”, conta o professor.

Desde o princípio, a adaptação do Caramelo ao tratamento foi bem tranquila. A veterinária Louise Maciel, residente do setor de Grandes Animais do hospital da Ulbra, conta que ele é bastante manso e pacífico. Talvez, por ter convivido com pessoas na casa onde morava antes das enchentes.

“Essa passividade dele, de certa forma, ajudou no tratamento. A gente tinha outros cavalos a mais no hospital – mais de 80, ao todo. O Caramelo ficou numa baia especial, mas soube se adaptar e conviver bem com os demais animais. Ele está saudável, mas ainda segue em recuperação”, expõe Louise.

Veja como o Caramelo está hoje:

 

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