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“Apagão não afeta segurança dos voos”, diz especialista da USP

Pane cibernética gera atrasos e dificuldade de embarque em aeroportos de vários países. Interface comercial foi a mais atingida

atualizado

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BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Aeroporto de Brasília
1 de 1 Aeroporto de Brasília - Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

O apagão cibernético que atinge vários sistemas e interfaces de comunicação nesta sexta-feira (19/7) teve efeito imediato em aeroportos ao redor do mundo. Com atrasos e dificuldade de embarque, milhões de passageiros estão à espera de uma resposta e, mais do que isso, com uma pergunta no ar: é seguro voar de avião nessas condições?

O professor e pesquisador do Departamento de Engenharia Aeronáutica da Universidade de São Paulo (USP) James Waterhouse explica que o sistema de aviação é composto por interfaces diferentes e que a pane desta sexta atingiu, até então, somente a interface comercial, ou seja, aquela composta por dados de passageiros, bagagens e assentos.

A interface comercial, segundo Waterhouse, é mais exposta e vulnerável a esse tipo de situação, porque ela funciona interligada a outros sistemas, e isso a torna mais pulverizada. Ela, no entanto, não está associada à interface técnica da aviação civil, que tem a ver com o controle de tráfego aéreo e segurança dos voos.

Waterhouse destaca que o sistema de segurança dos aeroportos é muito mais robusto, isolado, e que possui uma blindagem maior contra panes, possíveis invasões, ataques ou apagões cibernéticos. “O problema de hoje atingiu a interface comercial e não a interface técnica, de segurança”, diz ele.

Efeito imediato

Sem os dados comerciais dos voos, como informações de passageiros, bagagens e outros, as empresas aéreas são levadas a fazer tudo manualmente, como já vem acontecendo com o preenchimento de cartões de embarque. Esse processo, sem o amparo e agilidade computacional, é o que explica os atrasos e problemas nos aeroportos.

“Uma pane no sistema comercial gera caos, porque a premissa da aviação comercial é transportar passageiros. Sem os dados deles, é preciso fazer tudo manualmente, e isso gera atrasos em toda a malha aérea, como um efeito cascata”, aponta Waterhouse.

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