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Ao lado de indígenas, parlamentares criticam atuação do Legislativo

Indígenas e PMs entraram em confronto, durante protesto contra projeto discutido na CCJ da Câmara. Embate deixou feridos

atualizado

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Igo Estrela/ Metrópoles
Confronto entre indígenas e PMs deixa policial ferido com flecha
1 de 1 Confronto entre indígenas e PMs deixa policial ferido com flecha - Foto: Igo Estrela/ Metrópoles

Após o confronto entre indígenas e policias militares (PMs), nesta terça-feira (22/6), em frente ao Congresso Nacional, parlamentares usaram as redes sociais para criticar a condução do Legislativo. O embate começou por causa da inclusão de projeto que prevê alteração na demarcação de terra indígenas na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

De acordo com a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), a presidência da CCJ “quer passar a boiada antes” que o Supremo Tribunal Federal (STF) tome uma decisão sobre a demarcação das terras indígenas. A discussão na Suprema Corte está marcada para o dia 30 de junho.

Para a parlamentar, o Legislativo “colocou em risco servidores e o povo”. “A Câmara deve ser mediadora, não acirrar confrontos. Irresponsabilidade política levou a ter um servidor ferido e indígenas tb feridos. Basta”, escreveu Maria do Rosário.

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) seguiu a mesma linha da deputada. No Twitter, ele pediu ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para tirar o projeto da pauta e “acabar com o massacre”.

“Covardia em Brasília. Filmei do meu gabinete no anexo 4 . Índios contra a grilagem e mineração predadora do #PL490”, escreveu Correia.

No meio dos indígenas, durante o protesto, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) deu a entender que haverá nova manifestação, caso o projeto continue na pauta da CCJ. “Amanhã, todo mundo vem junto. Eles vão ter que enfrentar vocês, os deputados e as deputadas”, falou.

Confronto

Um grupo de indígenas se manifestava em frente ao anexo 2 da Câmara dos Deputados quando começou um confronto com policiais militares e da Polícia Legislativa.

De acordo com informações obtidas pelo Metrópoles, três agentes foram feridos – um policial legislativo e um militar, além de um profissional da área administrativa da Câmara – por flechadas. O integrante da Polícia Legislativa, Ricardo Miranda, foi levado pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal para atendimento no Hospital Santa Lúcia, onde seria submetido a uma cirurgia para retirada de uma flecha alojada na perna.

O agente administrativo, atingido no tórax, também foi levado ao Santa Lúcia, e está fora de perigo.

A PMDF confirmou também ferimento no pé de um integrante da corporação. Ele foi atendido ainda na Câmara e passa bem.

Vídeos gravados no local mostram que a polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o grupo. Dentro do anexo da Câmara dos Deputados, uma nuvem de fumaça cobria o espaço, impedindo que o grupo entrasse no local.

Veja as imagens:

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