Anvisa: “Vacinas com validade expirada não têm garantias de eficácia”
O problema teria se repetido em pelo menos 1.532 cidades brasileiras, que teriam continuado a aplicar as doses vencidas
atualizado
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se posicionou, nesta sexta-feira (2/7), após a polêmica de milhares de que brasileiros teriam recebido doses vencidas contra a Covid-19. “A agência atua na avaliação da qualidade, segurança e eficácia das vacinas e das condições de fabricação das empresas envolvidas na produção tanto do insumo farmacêutico ativo quanto do produto acabado”, diz nota da Anvisa.
A nota chama a atenção para o ponto: “Vacinas com prazo de validade expirado não têm garantias de eficácia e segurança”.
A agência ainda disse que “não cabem à Anvisa, assim, a aquisição, distribuição e aplicação dos imunizantes utilizados no PNI”.
O problema teria se repetido em pelo menos 1.532 cidades brasileiras, que tria continuado a aplicar as doses vencidas. O problema foi revelado pelo Metrópoles em abril deste ano.
Com base no mesmo meio utilizado na investigação realizada pelo portal, levantamento da Folha de S.Paulo apontou 25.935 casos. No fim do quarto mês do ano, conforme mostrou o Metrópoles, eram 1,2 mil ocorrências.
A Anvisa ressaltou, ainda, que os dados avaliados, dentre eles o estudo de estabilidade, em condições controladas de temperatura e umidade, definem o prazo de validade e condições de armazenamento do produto, impactando na logística de distribuição.
Pedido de análise
Na nota, A agência informa que não recebeu pedido de análise sobre a ampliação do prazo de validade da vacina da AstraZeneca ou foi consultada sobre a aplicação do produto fora do prazo definido em bula.
“Os dados de qualidade, segurança e eficácia avaliados pela Anvisa se referem ao produto dentro de sua validade aprovada”, finaliza.