metropoles.com

Anvisa suspende uso e importação de “nova cloroquina” de Bolsonaro

Proxalutamida foi descrita pelo presidente como “nova cloroquina”, mas não tem eficácia comprovada

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Michael Melo/ Metrópoles
O diretor da Anvisa diz que devemos fazer tudo ao nosso alcance
1 de 1 O diretor da Anvisa diz que devemos fazer tudo ao nosso alcance - Foto: Michael Melo/ Metrópoles

Em decisão unânime, o colegiado da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a importação e o uso de produtos contendo proxalutamida para fins de pesquisa envolvendo seres humanos no país. A suspeita é que as importadoras tenham apresentado documentos inadequados ou falsos para conseguir liberar a importação.

Desde julho, Jair Bolsonaro (sem partido) afirma que a substância seria a “nova cloroquina”. O medicamento é um bloqueador hormonal desenvolvido na China, usado em testes para tratamento do câncer de próstata.

O órgão regulador ainda determinou que a Gerência-Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária (GGFIS) instaure dossiê de investigação para analisar os produtos que têm a substância em sua composição. O objetivo é “mitigar o risco para os usuários desses produtos”.

5 imagens
Bolsonaro cumprimenta e tira fotos com seguidores na porta do Comando de Operações Especiais, em 27 de agosto
Jair Bolsonaro
Cloroquina é um dos medicamentos do chamado kit Covid, e não tem comprovação científica de eficácia contra a Covid
Estudo norueguês aponta que hidroxicloroquina não tem eficácia contra o coronavírus
1 de 5

Bolsonaro

Orlando Brito
2 de 5

Bolsonaro cumprimenta e tira fotos com seguidores na porta do Comando de Operações Especiais, em 27 de agosto

Vinícius Schmidt/Metrópoles
3 de 5

Jair Bolsonaro

4 de 5

Cloroquina é um dos medicamentos do chamado kit Covid, e não tem comprovação científica de eficácia contra a Covid

Divulgação/Ministério da Defesa
5 de 5

Estudo norueguês aponta que hidroxicloroquina não tem eficácia contra o coronavírus

Getty Images

Também ficará a cargo da GGFIS a notificação de serviços de saúde que conduzem pesquisas científicas com a proxalutamida. Em julho, a Anvisa autorizou o estudo sobre o medicamento.

Será instaurada uma investigação acerca de “possíveis infrações sanitárias” cometidas pelos importadores da proxalutamida na apresentação de documentos, com o objetivo de “induzir a agência na anuência de importação irregular de medicamentos para uso em humanos”.

A Anvisa pedirá à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) acesso às informações dos estudos conduzidos sobre a proxalutamida.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?